Agência VOA

20 de março de 2019

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Mais equipas e mais meios continuam a chegar à zona centro de Moçambique, particularmente à cidade de Beira, onde o cenário da devastação provocada pelo ciclone Idai é catastrófico. As missões continuam ao ritmo a que os recursos humanos e materiais permitem.

A equipa da IPSS Medical Rescue está no terreno com 15 elementos, contando ainda com profissionais da Rescue South Africa com uma longa experiência em salvamentos, bem como uma missão das Forças Armadas da África do Sul.

"Chegamos à conclusão de que temos uma equipa reduzida, tendo em conta o volume de trabalho e os recursos de que necessitamos para salvar pessoas, pelo que fizemos uma lista de necessidades adicionais que enviamos a África do Sul de modo a que possamos responder a esta emergência", disse Ian Shaw, do Rescue SA.

As comunicações com as equipas no terreno continuam difíceis e desde segunda-feira uma equipa de cinco elementos da Telecom Sem Fronteiras tem estado a repor as comunicações com prioridade para as de socorro. Esta equipa está integrada numa missão que inclui técnicos de Portugal.

"Estamos a falar de uma jurisdição que corresponde a toda uma península ibérica que se encontra neste momento sem comunicações, quer comunicações do ponto de vista de telemovel e também vias de comunicação e também teremos connosco uma equipa do Ministério do Ambiente, nomeadamente por causa das questões ligadas ao abastecimento de água e as condições de fornecimento de água que é um bem essencial precisamente as também as condições de saúde e de sobrevivência daqueles que estão a passar por momentos dificies", disse o Secretário de Estado português para as Comunidades, José Luís Carneiro.

Várias missões humanitárias das Nações Unidas estão no terreno. Uma delas é o Programa Mundial da Alimentação que está a fazer a entrega por via aérea de biscoitos altamente energéticos para as comunidades isoladas pela inundação, bem como o fornecimento de milho, feijão e óleo vegetal às comunidades acessíveis por estrada e fornecimento de talões de alimentação em áreas urbanas e periurbanas. A agência da ONU pretende ajudar 600 mil pessoas, para além da coordenação logística.

"Toda essa parte da logística estamos a trabalhar em coordenação com o Governo e outras autoridades competentes e também apoiamos a coordenação porque são muitos actores e muitos intervenientes que vão precisar de apoio na área da logística e estamos também preparados para isso", explicou a representante do PMA em Moçambique, Karim Manente.

A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), que enviou 150 profissionais para o terreno, suspendeu temporariamente a distribuição de ajuda humanitária na região da Beira, na terça-feira, devido ao grau de destruição na área da saúde, bem como dos acessos a várias partes da Beira, mas garante que o apoio irá retomar após uma melhor avaliação.

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