Covid-19: vacina CoronaVac deve ter eficácia bem inferior a concorrentes; estimativa é de cerca de 51%
24 de dezembro de 2020
Sem jamais ter tido qualquer índice de eficácia divulgado - as vacinas da AstraZeneca, a da Pfizer-BioNTech e a da Moderna apresentaram cerca de 90% - a vacina CoronaVac, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a empresa chinesa Sinovac, que forneceu a tecnologia e os insumos, deve ter pouco mais de 50% de eficácia, segundo acreditam especialistas e jornalistas - o que é um nível bem inferior às concorrentes.
Dimas Covas, diretor do Butantan, disse ontem durante a coletiva de imprensa na qual foi anunciado que os dados da Fase III dos testes no Brasil não seriam enviados à Anvisa esta semana, que "atingimos o limiar para uso emergencial" - limiar que, segundo a OMS, deve ser de 50%.
Para a Globo, a microbilogista Natália Pasternack, fundadora do Instituto Questão de Ciência, disse que "mesmo uma vacina com apenas 50% de eficácia já ajuda a diminuir os contágios e que ela será perfeitamente aceitável" no combate à Covid-19.
Notícias Relacionadas
- Covid-19: Pfizer e BioNTech anunciam que sua vacina tem 90% de eficácia
- Covid-19: Moderna anuncia que sua vacina tem eficácia de 94.5%
- Covid-19: vacina de Oxford é altamente eficaz, anuncia AstraZeneca
- Covid-19: por que a vacina de Oxford-AstraZeneca é agora a candidata que pode virar o jogo?
- Covid-19: The Lancet divulga dados sobre CoronaVac; São Paulo receberá doses esta semana
Fontes
- Instituto Butantan anuncia que CoronaVac é eficaz, mas adia divulgação de resultados, Jornal Nacional, 23 de dezembro de 2020.
- Bom Dia Brasil Novas doses da CoronaVac chegam ao Brasil nesta quinta-feira, Bom Dia Brasil,. 24 de dezembro de 2020.
Esta página está arquivada e não é mais editável. |