23 de julho de 2024

Email Facebook Twitter WhatsApp Telegram

 

Cientistas da Instituto Oswaldo Cruz dissecaram 13 tubarões de águas profundas da costa do Brasil, popularmente conhecidos como “tubarão-bico-fino-brasileiro", "cação rola rola" ou “cação-frango”, e todos testaram positivo para cocaína, com uma concentração até 100 vezes superior à anteriormente relatada para outras espécies aquáticas. Os resultados foram publicados na revista científica Science of The Total Environment.

Este tipo de tubarão pesquisado vive entre os 30 e os 1.000 metros de profundidade. Em termos alimentares é um tubarão generalista: alimenta-se de invertebrados (camarão, lagosta, lula) e de pequenos peixes ósseos.

A pesquisa é a primeira a encontrar presença desta substância em tubarões. Há muito que pesquisadores sugerem que a vida marinha pode estar sendo afetada pelas drogas despejadas na água pelos traficantes.

O mais recente relatório mundial sobre drogas, publicado em 2024 pelo escritório das Nações Unidas para drogas e crime (UNODC, na sigla em inglês), situa o Brasil entre os maiores consumidores globais de cocaína. De acordo com estudos disponíveis, os pesquisadores acreditam que a principal via de chegada da droga no ambiente marinho é pelo descarte de resíduos da substância no esgoto, que é lançado no mar.

Fontes

editar