23 de novembro de 2020

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A AstraZeneca anunciou hoje que testes clínicos de sua vacina Covid-19 na Grã-Bretanha e no Brasil demonstraram que ela é “altamente eficaz na prevenção da Covid” sem “hospitalizações ou casos graves da doença” em nenhum dos voluntários do estudo.

A empresa farmacêutica com sede na Inglaterra testou dois regimes de dosagem. Um regime teve uma taxa de eficácia de 90%. O segundo regime tem eficácia média de 70%.

“Mais dados continuarão a se acumular e análises adicionais serão conduzidas, refinando a interpretação da eficácia e estabelecendo a duração da proteção”, disse a AstraZeneca em um comunicado nesta segunda-feira.

“Essas descobertas mostram que temos uma vacina eficaz que salvará muitas vidas”, disse o professor Andrew Pollard, investigador-chefe da Oxford Vaccine Trial da Universidade de Oxford, num comunicado.

A AstraZeneca disse que tentará obter uma permissão para uso emergencial junto à OMS "para um caminho acelerado para a disponibilidade da vacina em países de baixa renda. Paralelamente, a análise completa dos resultados provisórios está sendo enviada para publicação em uma revista revisada por pares”.

As farmacêuticas Pfizer e Moderna também anunciaram os resultados iniciais de testes em estágio final, mostrando que suas vacinas foram quase 95% eficazes.

Países se preparam para vacinação em massa

Diversos países já começam a traçar planos para a vacinçaão, com a Alemanha e os Estados Unidos se preparando para vacinar algumas populações já no próximo mês.

O ministro da Saúde alemão, Jens Spahn, disse aos repórteres no domingo que "há motivos para otimismo" de que uma vacina seria aprovada na Europa antes do final do ano e que, após a aprovação, as vacinações poderiam começar "imediatamente".

Os Estados Unidos estabeleceram planos preliminares para começar a vacinar alguns grupos já em 12 de dezembro, dois dias depois que a Food and Drug Administration dos EUA - FDA - emitir o relatório de revisão da vacina Pfizer, conforme programado.

Nos Estados Unidos, os profissionais de saúde, que foram duramente atingidos pelo Sars-CoV-2, estariam entre os primeiros a serem vacinados.

Na cúpula do G-20 dias atrás, 20 dos líderes das nações mais ricas do mundo prometeram trabalhar juntos para garantir que as vacinas contra a Covid-19 sejam disponibilizadas para as populações mais pobres e vulneráveis do planeta.

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