Alexandre de Moraes: "tudo foi feito para que a máquina de desinformação multiplicasse a desinformação"; Bolsonaro está inelegível

30 de junho de 2023

link=mailto:?subject=Alexandre%20de%20Moraes:%20"tudo%20foi%20feito%20para%20que%20a%20máquina%20de%20desinformação%20multiplicasse%20a%20desinformação";%20Bolsonaro%20está%20inelegível%20–%20Wikinotícias&body=Alexandre%20de%20Moraes:%20"tudo%20foi%20feito%20para%20que%20a%20máquina%20de%20desinformação%20multiplicasse%20a%20desinformação";%20Bolsonaro%20está%20inelegível:%0Ahttps://pt.wikinews.org/wiki/Alexandre_de_Moraes:_%22tudo_foi_feito_para_que_a_m%C3%A1quina_de_desinforma%C3%A7%C3%A3o_multiplicasse_a_desinforma%C3%A7%C3%A3o%22;_Bolsonaro_est%C3%A1_ineleg%C3%ADvel%0A%0ADe%20Wikinotícias Facebook Twitter WhatsApp Telegram

 

O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e principal alvo de Jair Bolsonaro enquanto este promovia sua reeleição em 2022, muito antes da abertura do período de propaganda eleitoral, disse no parecer dado antes de seu voto que o ex-mandatário brasileiro fez "uso pessoal" dos meios públicos disponíveis para tentar se reeleger. Falando especificamente da TV Brasil, ele disse que "tudo foi feito para que a máquina de desinformação multiplicasse a desinformação". Com o voto de Moraes o placar terminou em 5X2 pela inelegibilidade de Bolsonaro por oito (08) anos.

Moraes chamou as ações de Bolsonaro e de bolsonaristas de "um encadeamento de mentiras e notícias fraudulentas". Houve uma "produção cinematográfica para bombardear os eleitores para angariar mais votos com este discurso mentiroso e radical. Não há nada de liberdade de expressão. O presidente ao mentirosamente dizer que havia fraude nas eleições, até nas que ele ganhou, ao ser oficiado para as apresentar provas e não as apresentar porque não existem; ao atacar o sistema eleitoral que o elege há 40 anos, não é exercício de liberdade de expressão, é conduta vedada. E se utilizar do dinheiro público, da estrutura do Palácio da Alvorada, é abuso de poder. E bombardear o eleitorado nas redes sociais, é abuso dos meios de comunicação. Está tudo interligado. É um modus operandi".

"É uma gravidade ímpar um presidente da república, candidato à reeleição, se utilizar desses mecanismos. Concluo, acompanhando integralmente o ministro relator". O ministro relator, Benedito Gonçalves, já havia votado há dois dias pela inelegibilidade do ex-presidente.

Desde ontem analistas apontavam que Bolsonaro se tornaria inelegível com os votos de Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes. Cármen, justamente, abriu as votações no dia de hoje, decretando o futuro de Bolsonaro ao votar "sim" por torná-lo inelegível. A votação então estava 4x1 e os votos de Marques e Moraes não mudariam o resultado final, já que era necessária apenas a maioria simples dos votos.

A votação

Como votaram os ministros?

  • Benedito Gonçalves: sim pela ineligibilidade
  • Raul Araújo: não
  • Floriano de Azevedo Marques: sim
  • André Ramos Tavares: sim
  • Cármen Lúcia: sim
  • Nunes Marques: não
  • Alexandre de Moraes: sim

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Fontes