30 de junho de 2023

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Segundo analistas, Jair Bolsonaro deve se tornar ingelegível hoje, com os votos de Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes, ambos os principais alvos do ex-presidente enquanto promovia sua reeleição em 2022, muito antes da abertura do período de propaganda eleitoral. Em 07 de setembro, por exemplo, ele discursou para simpatizantes defendendo o fechamento do TSE, Tribunal Superior Eleitoral.

A retomada do julgamento da ação que pede a inelegibilidade do ex-mandatário começará às 12 e a primeira a votar é, justamente Cármen, vice-presidente do TSE. Vota depois o ministro Nunes Marques e, por fim, Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal.

Já votaram anteriormente quatro ministros, o relator da ação, Benedito Gonçalves, Raul Araújo, Floriano de Azevedo Marques e André Ramos. Raul é, até agora, o único que deu um voto em favor do ex-presidente e o placar está 3x1, sendo que é necessária apenas a maioria simples - a maioria entre os votos dos sete (07) ministros - para decretar a derrota de Bolsonaro.

A opinião dos analistas

Segundo a jornalista Ana Paula Bimbati para o UOL, Cármen e Alexandre foram "alvos" constantes de Bolsonaro em 2022. "Durante o 7 de setembro de 2021, por exemplo, chamou Moraes de 'canalha' e disse que não cumpriria mais nenhuma decisão do ministro. Dois dias depois, Bolsonaro recuou das declarações". Ela adicionou: "dentro do TSE, o que se diz é que Moraes vai 'almoçar' Bolsonaro".

Ricardo Noblat, num texto para o Metrópoles, diz o mesmo e acredita que apenas o ministro Kassio Nunes Marques vote, provavelmente, a favor da absolvição de Bolsonaro. Ou peça vistas, o que interromperá o julgamento da ação por algumas semanas. Segundo Noblat, o ex-mandatário tem dito palavrões "quando menciona o nome dos culpados pela sua ruína. O principal culpado: o ministro Alexandre de Moraes".

Já Josias de Souza, também para o UOL, opinou ontem que a condenação de Bolsonaro já estava "consumada".

Os votos

Como votaram os ministros pela ineligibilidade até aqui?

  • Benedito Gonçalves: sim pela ineligibilidade
  • Raul Araújo: não
  • Floriano de Azevedo Marques: sim
  • André Ramos Tavares: sim

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Fontes