29 de julho de 2024

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Após o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela afirmar nesta madrugada que Nicolás Maduro havia vencido as eleições de ontem com pouco mais de 51% dos votos, a oposição afirmou que houve “fraude” e que o opositor Edmundo González Urrutia obteve 70% dos votos válidos.

María Corina Machado, líder do movimento Vente Venezuela e aliada de Urrutia, indicou na manhã desta segunda-feira que “a Venezuela tem um novo presidente eleito e é Edmundo González Urrutia". "Ganhamos e todos sabem disso, inclusive a comunidade internacional", disse Machado. Ela falou que o resultado foi “esmagador” a favor de González Urrutia em todos os estados da Venezuela, citando pesquisas de boca de urna, resultados em pontos de contagem rápida e o resultado em 40% das atas.

“Toda esta informação leva a crer que Edmundo González Urrutia obteve 70% dos votos nesta eleição e Nicolás Maduro 30%. Esta é a verdade e são as eleições presidenciais com a maior margem de vitória da história”, afirmou, garantindo que a oposição defenderá a vitória eleitoral.

Governos pedem transparência na contagem de votos

Muitos governos pediram transparência na contagem de votos. "Temos sérias preocupações de que o resultado anunciado não reflita a vontade ou os votos do povo venezuelano", disse o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken.

Na Europa, o chefe de política externa da União Europeia, Josep Borrell, disse que o acesso aos registros de votação das seções eleitorais é "vital" e que a vontade dos eleitores venezuelanos "deve ser respeitada", equanto o ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares Bueno, pediu uma exibição de dados de todas as seções eleitorais e que as pessoas mantenham a calma e a civilidade.

O presidente do Chile, Gabriel Boric, chamou os resultados das eleições de "difíceis de acreditar"e escreveu na rede social X que o povo venezuelano e a comunidade internacional exigem total transparência dos votos e do processo de contagem e que observadores internacionais independentes verifiquem os resultados.

Ministros das Relações Exteriores da Argentina, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai fizeram um apelo semelhante em um comunicado conjunto, dizendo que uma contagem transparente é a única maneira de garantir que os resultados respeitem a vontade dos eleitores venezuelanos.

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Fontes

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  • CNE dice que Maduro ganó la elección presidencial de Venezuela con 51,2 % de los votos; oposición denuncia "fraude" — Voa - Voz de América, 28 de julho de 2024  
  • Governments call for transparency in vote count after Venezuelan election authority declares Maduro win — VOA, 29 de julho de 2024