9 de janeiro de 2021

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O Twitter suspendeu ontem no final da tarde (em horário local) a conta pessoal do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de forma permanente, devido o "risco de mais incitação à violência". "Após uma análise cuidadosa das postagens recentes de @realdonaldtrump e do contexto que a cerca, bloqueamos a conta de forma permanente devido ao risco de mais incitação à violência. (...) No contexto dos terríveis eventos desta semana, deixamos claro na quarta-feira que as violações das regras do Twitter poderiam resultar nesta ação", anunciou a rede social.

O Twitter lembra que nenhuma conta está acima das regras e que a plataforma não pode ser usada para incitar a violência. "Planos para futuros protestos armados já começaram a circular no Twitter, incluindo pedidos para novos ataques ao Capitólio dos Estados Unidos e edifícios estaduais em 17 de janeiro de 2021", acrescentou o comunicado.

O bloqueio final aconteceu após Trump voltar ao Twitter - ele havia sido bloqueado por 24 horas após a invasão do Capitólio, que ele havia incitado - para, além de divulgar que não iria a posse de seu sucessor, postar um vídeo e mensagens chamando os manifestantes de patriotas e elogiar os protestos.

No entanto, após ter a conta suspensa, sem se dar por vencido, Trump começou ontem à noite a usar a conta oficial da presidência, a @potus, para continuar com suas postagens polêmicas, o que mereceu nova moderação do Twitter, que eliminou as mensagens. O Twitter também suspendeu a conta @teamtrump, que divulgou um comunicado do presidente sobre censura no Twitter. Numa destas postagens Trump escreveu que no futuro criaria uma plataforma para poder ter liberdade de expressão. "Não vão nos calar e nem nos parar", postou.

Trump passou os últimos meses postando nas redes sociais, principalmente no Twitter, onde tinha mais de 80 milhões de seguidores, que a vitória de Joe Biden era uma fraude. Nos dias antes da certificação da vitória pelo Congresso, ele incentivou grupos extremistas pró-Trump, como o Proud Boys, a protestarem no Capitólio. Ele também postou diversas vezes que a imprensa estaria apoiando esta fraude - que foi negada por autoridade eleitorais após recontagens e auditorias.

O Twitter era "seu canal de comunicação favorito", escreveu a Swiss Info.

A rede social já moderava, há semanas, a conta de Trump com o aviso "esta alegação é contestável" em todas as postagens do presidente sobre fraude eleitoral.

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