Agência Brasil

21 de setembro de 2009

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Quase três meses após ter sido deposto do cargo, o presidente de Honduras, Manuel Zelaya, conseguiu retornar ao seu país, onde buscou refúgio na embaixada brasileira, já que corre o risco de ser detido devido à ordem de prisão expedida contra ele.

Uma funcionária da embaixada brasileira em Tegucigalpa confirmou há pouco, à Agência Brasil, que Zelaya chegou à embaixada hoje (21) cedo, acompanhado por integrantes da comitiva que o tem acompanhado desde que militares o detiveram e o obrigaram a deixar o país. Segundo a mesma funcionária, manifestantes pró-Zelaya estão reunidos diante da embaixada, sem qualquer registro de tumultos até o momento.

Em Nova Iorque, o ministro das relações exteriores, Celso Amorim, disse à TV Brasil que a ida de Zelaya não foi negociada. Quem solicitou o abrigo foi a mulher do presidente deposto.

Segundo Amorim, o presidente hondurenho chegou à embaixada por meios próprios, pelas montanhas. O subsecretário para América Latina do Itamaraty, Ênio Cordeiro, autorizou a entrada na embaixada. O chanceler brasileiro espera que a Organização dos Estados Americanos (OEA) dê apoio à atitude do Brasil e não teme pela segurança da embaixada brasileira em Tegucigalpa.

Em entrevista à rede de TV Telesur, Zelaya agradeceu o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e afirmou que o secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, chegará à capital do país amanhã (22) para tentar mediar uma solução para o impasse político no país.

De acordo com a BBC Brasil, assessores de Zelaya teriam afirmado que a operação que permitiu sua volta teria sido realizada com a ajuda da Organização das Nações Unidas (ONU). O governo interino de Honduras, no entanto, nega que Zelaya esteja no país.


Fontes