23 de março de 2021

link=mailto:?subject=Presidente%20da%20Confederação%20Nacional%20de%20Saúde%20relata%20aumentos%20"abusivos"%20de%20medicamentos%20–%20Wikinotícias&body=Presidente%20da%20Confederação%20Nacional%20de%20Saúde%20relata%20aumentos%20"abusivos"%20de%20medicamentos:%0Ahttps://pt.wikinews.org/wiki/Presidente_da_Confedera%C3%A7%C3%A3o_Nacional_de_Sa%C3%BAde_relata_aumentos_%22abusivos%22_de_medicamentos%0A%0ADe%20Wikinotícias Facebook Twitter WhatsApp Telegram

 

Presidente da Confederação Nacional de Saúde, Breno Monteiro ressaltou que principalmente pequenos e médios hospitais também estão enfrentando aumentos "abusivos" nos preços dos medicamentos do chamado “kit intubação”.

“O Atracúrio, que é um dos medicamentos que, antes da pandemia, os hospitais compravam como média a R$ 32,10, com uma utilização média de 150 frascos por mês, hoje esse preço está majorado, em relação a antes da pandemia, em 650% e o uso dessa medicação, em 826%.”

Incentivo ao uso de máscaras

Secretarias municipais e estaduais de saúde monitoram, desde o ano passado, a necessidade dos remédios para intubação e reivindicaram um trabalho conjunto com o Ministério da Saúde.

Consultor de Assistência Farmacêutica do Conselho de Secretários Estaduais (Conass), Heber Dobis comemorou as negociações do ministério com uma empresa farmacêutica para a compra emergencial de um bloqueador neuromuscular.

Emocionado, ele pediu à população que respeite as medidas restritivas para não aumentar a pressão sobre o sistema de saúde. “Não está fácil pra o gestor. Todo dia há pedidos de socorro e a gente começa a se sentir incapaz. Fiquem em casa na medida do possível.”

Anvisa

Vários debatedores e parlamentares elogiaram a agilidade da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em modificar normas para atender ao aumento da demanda causado pela pandemia. A diretora da Anvisa, Meiruze Freitas, destacou medidas como a simplificação do registro e da importação de medicamentos, a diminuição de prazos, a liberação excepcional de comercialização e a restrição de exportações. Ela apontou que a capacidade de produção da indústria farmacêutica nacional está no limite.

Presidente executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo, Nelson Mussolini declarou que atualmente não é possível formar estoques de segurança e que muitas entregas serão feitas parceladamente. Ele reclamou do aumento dos custos dos insumos, do câmbio e do preço do frete e pediu que os hospitais apontem reajustes exagerados de preços.

“Se abusos foram cometidos, se os preços foram acima do que determina a lei, por favor, denunciem e vão ter todo o nosso apoio. Nós não podemos, em hipótese nenhuma, concordar com isso.”

Fontes