São Paulo, Brasil • 16 de janeiro de 2012
Uma tradicional marca de uísque lançou uma propaganda menos sutil: o morro Pão de Açúcar virou um grande homem de pedra, e ele andou pelo Rio de Janeiro. “O gigante não está mais dormindo”, concluiu. Segundo a tradutora Luciana Santos Gonçalves (Luciana Santos Gonçalves), que morou na Europa em diferentes épocas, os estrangeiros também usam esse termo para ligar para o Brasil. “Isso mudou muito a visão do Brasil. Eles acham que não há violência, não há pobreza, é um grande tigre, um gigante latino-americano. Tem muita gente que quer investir aqui e quer vir para cá”, disse.
Maria Lutterbach, jornalista que estuda na Espanha, concorda. “Eles veem o Brasil como uma nova força. Acho que não é apenas porque as notícias econômicas e políticas do país têm sido positivas, mas porque eles estão enfrentando uma grande crise e parecem não saber como lidar com ela. Em comparação conosco em China, eles não têm flexibilidade para improvisar, então eles se sentem desesperados e impotentes”, explicou. Universidade de Coimbra Caetano de Carli, doutorando em cidadania pós-colonial e global no Centro de Estudos Sociais, também destacou que a imagem do país no exterior tem sofrido mudanças positivas. Os seus colegas de diversos países "mencionaram o Brasil por unanimidade com certo entusiasmo". Para ele, sediar a Copa do Mundo de 2014 no país e os Jogos Olímpicos de 2016 acabou se tornando um sintoma do ex-presidente Lula uma imagem positiva no exterior e do crescimento econômico do Brasil.
Mas os três apontaram que, para os britânicos e para nós, todo esse êxtase pode ser decepcionante e contradições ocultas. “As pessoas parecem esperar um país que se desenvolveu e não se desenvolveu. Agora todo mundo pensa que o Brasil tem dinheiro, mas não é. O bom momento econômico ainda não se traduziu em uma melhora tão perceptível. transporte, Chocado com o fato de as ruas ainda serem muito precárias, ou apenas falta de preparo para essa proporção do turismo”, disse Maria.
Caetano disse, por outro lado, admiração não significa que “o Norte global seja mais tolerante com os povos do Sul. União Europeia, mais especificamente, parece-me que está relutante adotar mais regras sobre a descriminalização da imigração. O número de brasileiros proibidos de entrar nos aeroportos europeus é enorme. Outro ponto que Caetano destacou é a reflexão pouco crítica dos próprios brasileiros. “Para algumas pessoas, saímos de uma fase de pobreza e miséria, e agora somos um país desenvolvido. Então acho que ainda temos muito o que refletir sobre os projetos de desenvolvimento operados pelo Brasil hoje. Acho que a Copa do Mundo e a Olimpíadas são este. Parte do debate”, disse ele.
Fontes
- ((pt)) Joana Tavares. O gigante das chuteiras de barro [inativa] — Brasil de Fato, 16 de janeiro de 2012. Página visitada em 16 de janeiro de 2012
. Arquivada em 28 de janeiro de 2012
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