Agência Brasil

14 de junho de 2010

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Brasília - O Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos determinou hoje (14) que três especialistas independentes investiguem a ofensiva militar de Israel à Faixa de Gaza em dezembro de 2008 e janeiro de 2009. Os israelenses afirmaram que apenas reagiram a ataques anteriores provocados pelo Hamas – organização palestina que controla a região. O ato provocou mais de 400 mortes e protestos na Europa e nos Estados Unidos.

A comissão será presidida pela juíza estadunidense, Mary McGowan Davis, mas integram o grupo o professor alemão Christian Tomuschat e o jurista malaio Param Cumaraswamy. A base de análise dos especialistas será o relatório Goldstone.

O relatório Goldstone é o resultado de três meses de uma investigação conduzida pelo juiz sul-africano Richard Goldstone. Nele, o juiz concluiu que tanto israelenses e como militantes palestinos são responsáveis por atos criminosos típicos de situações de conflito armado – os chamados crimes de guerra.

A alta comissária da ONU, Navi Pillay, disse que a comissão vai monitorar e avaliar o processo, considerando o relatório Goldstone, mas também abre possibilidades para que autoridades de Israel e da Palestina apresentem explicações.

Estimativas da época do conflito indicaram que mais de 400 pessoas foram mortas, pelo menos 15% eram civis. A maioria de origem palestina. Entre os israelenses, foram registrados quatro mortos. A ofensiva israelense na Faixa de Gaza provocou reações no mundo: houve manifestações em Paris, em Londres, além de Haia e Amsterdão, nos Países Baixos.

Fontes