17 de novembro de 2020

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O extremista e bolsonarista Oswaldo Eustáquio voltou a ser preso esta manhã por desrespeitar a ordem judicial de não usar mais suas redes sociais para divulgar mentiras. O regime será o de prisão domiciliar e ele terá que usar tornozeleira eletrônica.

Eustáquio, que é um dos principais acusados no inquérito das fake news que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal), teve seu canal no You Tube suspenso no dia 15 passado após determinação da Justiça Eleitoral. A decisão ocorreu após o extremista divulgar informações falsas sobre o candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL).

Fake news preocupam no Brasil

Segundo o Observatório da Imprensa em agosto de 2019, o Brasil é terreno fértil para fake news e de acordo com estudo realizado em 2018 pelo instituto Ipsos, intitulado “Fake news, filter bubbles, post-truth and trust”, 62% dos entrevistados no Brasil admitiram ter acreditado em notícias falsas até descobrirem que não eram verdade, valor muito acima da média mundial de 48%.

O levantamento também perguntou “por que as pessoas erram?”, referindo-se ao fato de se enganarem quanto à veracidade das notícias. Os indivíduos podiam escolher mais de uma resposta.

O resultado foi que 49% dos pesquisados brasileiros disseram que os políticos são a causa; 47% acreditaram que as mídias são culpadas; 37% afirmaram que a culpa é da visão torta e negativa das pessoas; 37% responsabilizaram as mídias sociais; 18% alegaram que isso acontece porque as pessoas são ruins com números e 14% disseram que muitas vezes são os números que estão errados, e não as opiniões das pessoas.

Por outro lado, um dado curioso que o estudo da Reuters traz diz respeito ao fato de que 85% dos brasileiros afirmam estar preocupados com a veracidade das notícias que circulam na internet. É o maior índice entre todos os países pesquisados e um número muito maior que a média dos países pesquisados (55%). No Reino Unido, por exemplo, este valor é de 70%, enquanto nos Estados Unidos chega a 67%. Na Alemanha, alcança 38% e, na Holanda, 31%.

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Fontes

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