Covid-19: Maia conversará com embaixador da China sobre liberação de vacinas; Bolsonaro guarda silêncio após ofensas

20 de janeiro de 2021

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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, reafirmou, por meio de suas redes sociais, que a compra de vacinas é um problema a ser enfrentado pelo governo. Maia reiterou o que havia falado em dezembro sobre as compras dos imunizantes. Segundo ele, o governo viu a sua manifestação como uma crítica de um adversário político.

"Uma pena que o governo brasileiro tenha visto a manifestação como uma crítica de um adversário político e não como um problema grave a ser enfrentado", disse.

Embaixador da China

Hoje, 20 de janeiro, o presidente da Câmara vai se encontrar com o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, para discutir o atraso no envio de insumos para a fabricação de vacinas no país. A demora na entrega desses insumos ameaça o calendário de imunização.

Anteontem, Maia criticou o presidente Jair Bolsonaro por inicialmente recusar a vacina do Butantã. "O presidente afirmou que não compraria, mas na hora da verdade, a coragem não é tão grande. É corajoso até uma parte da história, pelo menos, apesar do papelão do ministro Pazuello [Saúde], agora querendo capturar o tema das vacinas. Pelo menos compraram as vacinas e, para nossa felicidade, 6 milhões estarão imunizados nas próximas semanas", disse.

As ofensas dos Bolsonaro à China

Não só o presidente Jair Bolsonaro nos últimos meses várias vezes tripudiou da vacina CoronaVac, chamando a pejorativamente de "a vacina chinesa de João Dória", dizendo que não a compraria com a justificativa de que "não se justifica um bilionário aporte financeiro num medicamento que sequer ultrapassou sua fase de testagem" e que "diante do exposto, minha decisão é a de não adquirir a referida vacina", como também seu filho Eduardo Bolsonaro se envolveu em incidentes diplomáticos graves, sendo que no último o embaixador chinês disse que o Brasil poderia sofrer retaliações.

Em março passado Eduardo escreveu em seu Twitter que a pandemia de covid-19 era "culpa da China", fazendo uma comparação com o acidente nuclear de Chernobil, dizendo que tanto a Rússia como a China eram "ditaduras que preferiam esconder algo grave a se expor para salvar vidas", e em novembro acusou os chineses de espionagem cibernética envolvendo a tecnologia 5G.

A ajuda de Maia

Também em março foi, justo, Rodrigo Maia que teve que "colocar panos quentes", escrevendo em seu Twitter: "em nome da Câmara dos Deputados, peço desculpas à China e ao embaixador Wanming Yang pelas palavras irrefletidas do deputado Eduardo Bolsonaro".

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