12 de abril de 2021

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Governadores associados ao Consórcio Nordeste têm feito pressão sobre a Anvisa para que o imunizante russo Sputnik V seja liberado para importação e uso emergencial no Brasil. O Consórcio pretende importar 66 milhões de doses da vacina e quer que a Anvisa use relatórios da Argentina, onde a vacina contra covid-19 está em uso há cerca de três meses, para fazer a liberação.

A última reunião entre representantes do Consórcio e a Agência aconteceu, de modo virtual, no dia 07 passado, e durante o encontro a Anvisa respondeu à questionamentos dos governadores, enquanto os políticos disseram que estão buscando as informações faltantes para atender a Lei nº 14.124/202, que prevê a liberação da importação, desde que haja dados suficientes e que haja uma liberação em outro país, aprovada pela OMS. A Argentina é, justo, um dos países que está na lista da Agência.

Falta de dados

Na última nota divulgada pela Anvisa sobre a Sputnik V, no dia 10 passado, a Agência comunicou que o "Certificado de Registro emitido pelo Ministério da Saúde da Rússia não veio acompanhado de relatório técnico que ateste os aspectos de qualidade, segurança e eficácia da vacina que subsidiaram a decisão da autoridade estrangeira".

Erros na entrega dos documentos necessários pelo responsáveis pelo imunizante no Brasil, entre eles a União Química, têm sido constantes.

A vacina foi autorizada pelo governo Russo antes do início da fase 3 dos testes, para ser o "primeiro a ser registrado no mundo". Há problemas com a falta de dados na Argentina, onde alguns cientistas se manifestaram contra o uso, e na Eslováquia, onde um contrato de importação causou uma crise política há duas semanas.

Na Argentina, após o início da vacinação em final de dezembro de 2020, a farmacêutica Sandra Pitta, do Conselho Nacional de Investigações Científicas e Técnicas (Conicet), chegou a dizer: "não me vacinaria jamais porque não tenho informação. Tudo o que gira em torno da Sputnik V é muito pouco transparente. Não há dados. A biografia é escassa".

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Fontes