9 de abril de 2021

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A vacina russa Sputnik V está causando uma grande dor de cabeça na Eslováquia, reporta a agência Euronews, e tudo porque após um acordo secreto de compra levar à demissão, no final de março, do primeiro-ministro Igor Matovic, autoridades sanitárias agora dizem que não podem liberar o uso da vacina no país por falta de dados. A compra secreta provocou um impasse com os líderes da União Europeia, que não pretendem autorizar o imunizante.

Segundo a Euronews, as autoridades do Centro Biomédico da Academia Eslovaca de Ciências dizem que "a composição da vacina que receberam é diferente da utilizada nos ensaios clínicos e que a única semelhança é o nome".

Autoridades russas dizem, no entanto, que o imunizante é igual para todos.

O ex-ministro, agora chefe da pasta das Finanças, esteve na Rússia esta semana para tentar resolver a situação e diz que a negativa de liberar o uso é apenas perseguição política e que o resultado dos testes feitos na Eslováquia é falso, o que provou reações de responsáveis do Centro e de políticos.

Para tentar resolver a situação, o novo primeiro-ministro, Eduard Heger, conversou com o ministro húngaro dos Negócios Estrangeiros, Péter Szijjártó, para ver sobre a possibilidade de realizar testes na Hungria. Segundo o jornal Spetactor, as testagens no país vizinho serviriam "para afastar quaisquer dúvidas sobre a transparência e profissionalismo dos testes da vacina".

Confusão também no Brasil

A dor de cabeça em torno da vacina Sputnik V não é restrita à Eslováquia, já que no Brasil a Anvisa já negou a liberação diversas vezes devido, justo, à falta de dados sobre a vacina.

Atualmente, a Agência avalia o pedido de importação vacina feito por doze estados brasileiros com base na lei 14.124/2021, que criou a possibilidade de importação excepcional de vacinas sem registro no Brasil, desde que atendidos os critérios mínimos definidos - critérios, estes, ainda não atendidos no Brasil.

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Fontes