22 de julho de 2020

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Professores chechenos foram forçados a escrever comentários nas mídias sociais em apoio a Ramzan Kadyrov, em conexão com as sanções do Departamento de Estado dos Estados Unidos.

Segundo uma professora do distrito de Urus-Martan, ela e seus colegas receberam um link para a publicação de Kadyrov, onde deveriam deixar um comentário de apoio. "Somos obrigados a escrever o máximo de comentários possível neste post, e quanto mais cedo melhor", diz ela.

Outra professora afirma que o diretor da escola recebeu ordens de um funcionário de alto escalão do Ministério da Educação: “Me enviaram uma mensagem — ainda não eram 9h — e exigiram que, às 10h, informasse o número de pessoas que deixaram comentários”. Quem não atende a exigência, de acordo a professora, pode enfrentar “medidas punitivas”.

Em 20 de julho, o Departamento de Estado dos EUA proibiu a esposa e duas filhas de Kadyrov de entrar no país devido a violações dos direitos humanos na Chechênia. O próprio Kadyrov foi proibido de entrar em 2017.

“A propósito, além das minhas duas filhas mais velhas, tenho mais 12 filhos! Sinta-se livre para incluí-los nas listas de sanções!”, escreveu Kadyrov nas redes sociais.

Fontes