23 de outubro de 2023

Email Facebook Twitter WhatsApp Telegram

 

O ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, surpreendeu ao ser o mais votado nas eleições presidenciais deste domingo, 22, com 36,43 por cento, à frente do ultradireitista Javier Milei, com 30,12 por cento, e Patricia Bullrich, da direita, com 23,85, quando estão contabilizados 94 por cento dos votos.

Massa, que enfrenta uma inflação recorde de 138% vai defrontar na segunda volta a 19 de novembro Milei, economista ultraliberal "anti-sistema" Javier Milei que quer "cortar" o Estado.

As pesquisas de opinião voltaram a errar: Depois de, no passado, terem subestimado a ascensão de Javier Milei, colocaram-no nas últimas semanas no topo das intenções de voto, à frente de Sergio Massa.

Massa, de 51 anos, o atual ministro da Economia da Argentina, enfrentou dificuldades dentro da sua própria coligação para se estabelecer como o candidato à presidência.

Ele é considerado um dos políticos mais ortodoxos da frente União pela Pátria, a coligação governista, de herança peronista, e herdeiro do Kircherismo, embora tenha defrontado Nestor Kirchner dentro do partido.

Dias antes data final de inscrição, o União pela Pátria afirmou que o candidato seria outro ministro, Eduardo de Pedro, um aliado próximo da atual vice-presidente, Cristina Kirchner, mas acabou por apostar em Massa.

Ele é um peronista, ou seja, da corrente política herdeira do ex-presidente Juan Domingo Perón, que foi presidente da Argentina três vezes no século 20.

Javier Milei, de 53 anos, é um economista ultraliberal que lançou-se ao cargo de presidente da Argentina pela coligação A Liberdade Avança, que ele mesmo criou.

Ele ficou famoso na Argentina por suas participações em programas televisivos de fofocas e ser amante do rock.

Durante a pandemia, em protestos contra o confinamento que o Governo havia imposto para evitar o contágio, o economista acabou se tornando um político.

A campanha dele foi marcada por críticas aos políticos, ao Papa, por ameaçar cortar relações com todos os países dirigidos por líderes da esquerda, nomeadamente a China e o Brasil, os principais sócios comerciais da Argentina, privatizar tudo, até ruas, e usar muitos palavões.

Para a segunda volta, Massa e Milei vão disputar os votos da direita tradicial de Patricia, 23,82%, de Juan Schiaretti, um peronista do estado de Córdoba, 7%, e Myram Bregman, candidata trotskista de esquerda, com 2,66%.

Notícia relacionada

Fontes