22 de outubro de 2023

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Os argentinos começaram a ir às urnas este domingo para eleger o seu próximo presidente, num contexto marcado pela crise económica e pela agitação social generalizada de um extremo ao outro do país.

Há uma forte expectativa local de uma possível reconfiguração do sistema político. A partir das 8h (horário local), cerca de 35.394.425 pessoas estão autorizadas a votar e escolher quem governará os destinos da Argentina por um período de quatro anos.

Para um candidato vencer no primeiro turno, ele precisa, por um lado, obter mais de 45% dos votos válidos ou, por outro, mais de 40% dos votos e uma diferença de pelo menos 10 pontos percentuais com o candidato em segundo lugar. Caso contrário, a Argentina terá um segundo turno eleitoral marcado para 19 de novembro.

As eleições ocorrem num momento de profunda incerteza devido à grave crise económica que assola o país. A Argentina está imersa numa espiral ascendente de inflação que subiu para mais de 140% anualmente, níveis históricos que não tinham sido registados nos últimos 30 anos.

Para tornar a situação social ainda mais complexa, ao ritmo atípico de aumento de preços soma-se o fato de 40,1% da população estar abaixo da linha da pobreza - segundo dados oficiais revelados pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos da República Argentina ( INDEC) -, quase metade dos empregados trabalham no sector informal e a moeda local está desvalorizada a taxas aceleradas em relação ao dólar.

Este contexto deixou terreno fértil para que o candidato libertário Javier Milei se estabelecesse como o possível favorito. O candidato que representa La Libertad Avanza “se tornou o canal mais eficaz para expressar a forte frustração e raiva de um importante setor da sociedade sobre todo o sistema político”, disse o analista Patricio Giusto, em entrevista ao La Voz de America.

A prova é que Milei foi o mais votada nas eleições primárias de agosto, onde foram acertadas as eleições internas de cada um dos partidos. Quem tentará tirar de Milei a possibilidade de ser o próximo presidente são, fundamentalmente, Sergio Massa – atual ministro da Economia e candidato pela Unión por la Patria – e Patricia Bullrich – representante do Juntos pela Mudança.

Na Argentina, a participação eleitoral é obrigatória para maiores de 18 anos e menores de 70 anos, enquanto é opcional para maiores de 16 e 17 anos, bem como para cidadãos maiores de 70 anos.

Além da eleição de presidente e vice-presidente, serão renovados parte do Congresso nacional – 130 deputados e 24 senadores – e do Parlasul, órgão parlamentar do Mercosul.

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