28 de novembro de 2017

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Em uma declaração à Vice News, o site de vídeos YouTube diz que removeu mais de 150.000 vídeos envolvendo abuso infantil de sua própria plataforma. Além disso, 270 contas foram encerradas. Em 625 mil vídeos, a função de comentário foi desligada. De mais 2 milhões de vídeos e 50.000 canais, os anúncios foram removidos.

Os vídeos excluídos, que foram criados ostensivamente por adultos, e que visavam principalmente uma audiência juvenil, mostraram que as crianças eram exploradas em situações abusivas, como alimentação forçada e tirando as roupas. Um canal apresentou vídeo na qual uma criança foi vista sendo empurrada para a máquina de lavar. Os vídeos obtiveram milhões de visualizações e atraíram comentários pedófilos. O escândalo tornou-se publicamente conhecido na semana passada, quando alguns milhares de vídeos, principalmente da Europa Oriental, foram descobertos e divulgados pela BuzzFeed News. Como resultado do escândalo, o YouTube tornou-se sujeito a críticas generalizadas e pesadas. Algumas empresas de renome fizeram uma pausa em seus anúncios no site, como Adidas, Mars e Hewlett-Packard.

"Finalmente, na semana passada, removemos anúncios de quase 2 milhões de vídeos e mais de 50 mil canais mascarados como conteúdo familiar. O conteúdo que coloca em perigo as crianças é abominável e inaceitável para nós", diz a empresa. Em uma postagem no blog, reconheceu na semana passada a crescente presença em seu site desse tipo de conteúdo aparentemente familiar.

Fontes