14 de janeiro de 2011

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Documentos divulgados pelo WikiLeaks mostraram que o Brasil recusou apoiar os Estados Unidos na Guerra do Afeganistão. De acordo com um telegrama enviado em outubro de 2008, pelo então embaixador estadunidense no Brasil, Clifford Sobel, o Brasil "tem procurado por projetos relacionados a desenvolvimento, em detrimento a um apoio para o setor militar. O histórico brasileiro sugere que seria uma quebra de precedentes o Brasil apoiar uma força militar estrangeira fora do mecanismo da Nações Unidas, com o qual o governo prefere trabalhar. O pedido de US$ 5 milhões em cinco anos é muito maior do que muitos outros que fizemos e ficaram sem resposta. Os recursos do Brasil para assistência em geral são extremamente limitados e o governo geralmente prefere a assistência técnica para projetos de desenvolvimento social."

Um documento posterior ainda revela as dificuldades na intenção de ajuda do Brasil ao Afeganistão. Em conversa com o embaixador brasileiro Roberto Jaguaribe, Sobel afirma que "há três principais obstáculos a superar com relação aos pedidos de assistência: a) o orçamento brasileiro, b) receptividade política, e c) dificuldade do Brasil em "comprar uma coisa que ele não formulou. Observando que Afeganistão é um país "remoto e distante" para o Brasil, Jaguaribe disse que o Brasil acompanha o desenvolvimento da situação no Afeganistão, mas não é um "ator relevante", embora Afeganistão esteja para abrir uma embaixada em Brasília e o Brasil consideraria abrir uma em Cabul."

Fontes