7 de abril de 2022

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A vice-presidente da Nicarágua, Rosario Murillo, vem discursando por três dias consecutivos contra os opositores e os hierarcas da Igreja Católica.

Em seus discursos que costuma fazer ao meio-dia na emissora oficial de televisão, a porta-voz do governo também ameaçou prisão e consequências "duras" para aqueles que, segundo ela, "atacam a paz" ao tentar criar protestos contra o mandato que dirige junto com o marido, Daniel Ortega.

“Estamos em abril e abril é feito para viver em paz…, não perdoe nem esqueça dos criminosos, nem perdoe nem esqueça dos terroristas, dos sanguinários, dos promotores do horror, da ansiedade, dos que quebraram a paz tão preciosa em uma cidade que sofreu tanto”, alertou a vice-presidente da Nicarágua, sancionado pelos Estados Unidos por supostas violações de direitos humanos.

Na Nicarágua, mais de 150 presos políticos estão presos, 50 deles em condições de tortura e isolamento na prisão conhecida como El Chipote, conforme denunciou recentemente o secretário-geral da OEA, Luis Almagro, que pediu a libertação imediata de estes.

Almagro assegurou que eles não têm acesso suficiente à luz solar, nenhum material de leitura, nem recebem correspondência, atenção médica adequada ou uma boa alimentação, o que causou perda de peso que coloca em risco sua saúde.

“O regime nicaraguense deve desmantelar este verdadeiro sistema de repressão e tortura. Essas violações de direitos humanos merecem a intervenção da justiça internacional para poder realizar uma investigação competente, apurar responsabilidades e administrar reparações”, expressou recentemente o secretário Almagro em sua conta no Twitter.

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