20 de junho de 2021

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A Comissão Europeia anunciou, no dia 18 passado, que liberou 20 milhões de euros em financiamento humanitário para a Argélia, Egito e Líbia. O financiamento servirá para apoiar as pessoas mais vulneráveis na região, ​​afetadas por longas crises políticas.

Janez Lenarčič, Comissário para a Gestão de Crises disse: "milhões de refugiados, migrantes e requerentes de asilo, mas também deslocados internos, repatriados e populações de acolhimento precisam desesperadamente de ajuda humanitária no Norte de África. No ano passado, a pandemia de covid-19 agravou ainda mais as já terríveis condições na região. Isso inclui a crise esquecida dos refugiados na Argélia, onde cerca de 80% dos refugiados continuam dependentes de assistência humanitária para terem acesso a alimentos diariamente. A assistência da UE (União Europeia) ajudará as pessoas mais vulneráveis ​​a satisfazer as suas necessidades básicas, bem como, ajudará a garantir acesso à educação e a outros tipos de apoio".

Os 20 milhões deverão ser assim investidos, priorizando o acesso à alimentação, educação, saúde, moradia e outros serviços essenciais:

  • 9 milhões de euros irão apoiar os refugiados saarauís na Argélia;
  • 6 milhões de euros ajudarão as pessoas mais vulneráveis na Líbia;
  • 5 milhões de euros ajudarão refugiados e requerentes de asilo no Egito.

Toda a ajuda humanitária da UE é prestada em parceria com agências das Nações Unidas, outras organizações internacionais e ONGs, e é fornecida de acordo com os princípios da humanidade, neutralidade, imparcialidade e independência.

Contexto

A UE é um dos principais doadores para iniciativas de ajuda humanitária no Norte de África, tendo aumentado o financiamento desde o agravamento da pandemia de covid-19 em 2020.

Na Argélia, o conflito político não resolvido no Saara Ocidental, que já dura quatro décadas, já deixou dezenas de milhares de refugiados saarauís dependentes de ajuda humanitária. Desde 1993, a UE concedeu 268 milhões de euros em ajuda a estes refugiados, no que considera uma "crise esquecida".

Desde 2011, a União Europeia também contribuiu com mais de 81 milhões de euros em ajuda humanitária para pessoas vulneráveis ​​na Líbia, onde anos de conflitos - exacerbados por uma economia destruída e pela pandemia - exauriram a capacidade de sobrevivência das pessoas. Muitos líbios, refugiados e migrantes perderam seus meios de subsistência e o sistema de saúde do país está em colapso.

No Egito, a UE já movimentou 26,9 milhões de euros desde 2015 para os mais vulneráveis, ​​entre refugiados, requerentes de asilo e as comunidades egípcias que recebem os exiliados, em sua maioria sírios, mas também pessoas vindas do Sudão e Sudão do Sul.

Além disso, a Comissão Europeia também aprovou a liberação de 100 milhões de euros para apoiar campanhas de vacinação em países africanos com necessidades humanitárias críticas e sistemas de saúde frágeis.

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