22 de outubro de 2022

Email Facebook Twitter WhatsApp Telegram

 


O AEMET (Agencia Estatal de Meteorología) da Espanha nomeou hoje Beatrice, a segunda tempestade nomeada na Europa na temporada de tempestades de 2022-2023. A nomeação vem apenas quatro dias após a tempestade (ciclone extratropical) Armand ter sido nomeada pelo IPMA de Portugal.

Beatrice, outro ciclone extratropical como é comum na temporada Europeia anual, é atualmente uma depressão extratropical que não deve tocar terra, mas deixará o tempo ruim principalmente em Portugal, Espanha, França e centro-sul do Reino Unido. Também sentirão seus impactos países mais a leste, como Bélgica, Países Baixos e Alemanha.

Segundo o AEMET, as rajadas de vento podem ser muito fortes (mais de 100km/h), além de haver agitação marítima e chuvas fortes.

Os nomes das tempestades europeias são dados por grupos de países, como os do sudoeste, dos quais fazem parte os serviços meteorológicos da França, Espanha, Portugal, Bélgica e Luxemburgo.

Ciclones, furacões e tufões: o que são e como se formam?

Ciclones, que na Ásia são chamados de tufões e na América do Norte, de furacões quando se intensificam, são sistemas com ventos ciclônicos (convectivos; circulantes) que se formam a partir de áreas de distúrbio, que conforme evoluem (se organizam circulando em torno de um centro), passam a ser áreas de baixa pressão ou depressões, evoluindo às vezes para tempestades e, eventualmente, depois para ciclones, tufões e/ou furacões - de fato, até uma depressão é um ciclone, porém de pouca intensidade e ventos de menos de 65km/h.

Enquanto uma depressão tem ventos sustentados de menos de 65km/h e não recebe nome, a partir disto as tempestades são nomeadas na América do Norte e na Ásia e seus ventos podem aumentar de 65 a mais de 250km/h - um ciclone/tufão/furacão pode ter ventos de mais de 250km/h e ser classificado, assim, na categoria 5 da escala Saffir-Simpson.

Na América do Sul, por exemplo, ciclones - extratropicais e subtropicais - são comuns, mas dificilmente são nomeados porque se desenvolvem com mais intensidade sobre o mar e não tocam terra. Além disto, eles dificilmente chegam à categoria 2, justo por se formarem nas águas mais frias do Atlântico Sul, na costa sudeste do continente. No entanto, a Marinha do Brasil usa uma lista de nomes para nomear ciclones subtropicais que causaram estragos na costa do país (veja aqui).

Na Europa, precisamente, os sistemas que afetam o continente durante a temporada de outono-inverno também são, geralmente, ciclones extratropicais, tanto depressões - o caso de Beatrice - como tempestades ou, raramente, ciclones maiores de categoria 1 ou mais. São nomeados conforme o perigo de desastre, tanto por ventos como por chuvas, alcance a escala laranja (intermediária, portanto).

Referências

Notícias Relacionadas

Fontes