25 de outubro de 2021

link=mailto:?subject=Sudão:%20general%20declara%20"Estado%20de%20Emergência"%20após%20Golpe%20de%20Estado%20–%20Wikinotícias&body=Sudão:%20general%20declara%20"Estado%20de%20Emergência"%20após%20Golpe%20de%20Estado:%0Ahttps://pt.wikinews.org/wiki/Sud%C3%A3o:_general_declara_%22Estado_de_Emerg%C3%AAncia%22_ap%C3%B3s_Golpe_de_Estado%0A%0ADe%20Wikinotícias Facebook Twitter WhatsApp Telegram

 

O tenente-general Abdel Fattah al-Burhan declarou Estado de Emergência hoje no Sudão após dissolver o conselho civil-militar conjunto que comandava o país e mandar prender o primeiro-ministro Abdalla Hamdok e outros funcionários do Conselho Soberano.

A prisão levou milhares de pessoas, a maioria jovens adultos, às ruas para protestar contra as "detenções pelo exército de membros do governo sudanês", conforme a VOA News. Houve tiros e alguns manifestantes queimaram pneus, enquanto as manifestações aconteciam na capital Cartum e nas cidades de Atbara, Wad Madani e Port Sudan, relata a BBC.

Segundo o Ministério da Informação do Sudão, que ainda publicava informações online, Hamdok foi preso por se recusar a apoiar o Golpe de Estado. Durante o dia, os serviços de internet e de radiodifusão foram cortados, relata a VOA. Segundo a BBC, forças militares e paramilitares foram enviadas para Cartum, onde fecharam acessos, como ruas e pontes, e também interditaram o aeroporto internacional.

Hamdok, um economista e diplomata que trabalhou para a ONU, havia sido nomeado primeiro-ministro para liderar um governo interino após a derrubada do ditador Omar al-Bashir. No entanto, Hamdok sempre enfrentou rejeição de parte das Forças Militares, tanto que em 21 de setembro, segundo a VOA, as forças leais a al-Bashir tentaram tomar o poder, mas a tentativa de Golpe foi controlada.

Eleições seriam realizadas no país ainda este ano.

Reações internacionais

O secretário-geral da ONU, Antônio Guterres, condenou a ação militar e pediu a imediata liberação de Hamdok e outras autoridades presas.

A Casa Branca, a União Europeia e a Liga Árabe também expressaram desagrado com o golpe.

Fontes