14 de fevereiro de 2021

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O movimento de combate às fake news Sleeping Giants Brasil (SGB) lançou, dias atrás, uma campanha para arrecadação de fundos no Catarse (acesse aqui) para manter seu trabalho funcionando. "Com apoio financeiro do coletivo - forma que nos permite seguirmos independentes - seremos capazes de nos dedicar integralmente, de formar uma equipe, de trabalhar com equipamentos e ferramentas mais adequadas, de termos uma melhor comunicação com vocês, seguidores e empresas. De esvaziarmos ainda mais bolsos de propagadores de conteúdo fraudulento e odioso", explicaram seus líderes, Mayara Stelle e Leonardo de Carvalho Leal, no texto de apresentação no Catarse.

A meta inicial era a de arrecadar 120.000 reais, mas até a manhã deste domingo o valor já passava de 210 mil.

Verdadeira caça às bruxas

Anônimos até dezembro passado, os líderes do SGB sofreram uma verdadeira "caça às bruxas" por parte de líderes de movimentos que divulgavam fake news e discursos de ódio na internet, incluindo alguns bolsonaristas. Seu trabalho consistia, principalmente, em "alertar empresas quando encontravam seus anúncios monetizando um site que promovia notícias falsas e discursos extremistas". Entre empresas alertadas estão gigantes como a Dell, McDonald’s e Facebook, por exemplo.

Segundo o texto no Catarse, de maio a dezembro de 2020, o SGB alertou cerca de 700 empresas que monetizavam, sem saber, conteúdos fraudulentos e odiosos na internet, o que causou mais de 1 milhão de reais de perdas de patrocínios a estes sites e contas em redes sociais, incluindo canais no You Tube.

Mayara e Leonardo, ambos estudantes de Direito, receberam centenas de ameaças, inclusive de morte, e tiveram que se mudar de Ponta Grossa, Paraná para um endereço secreto em São Paulo, onde acreditam estar mais seguros.

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Fontes