Acusa o Conselho Constitucional, defende a presença do MDM no parlamento e diz combater a corrupção.
29 de janeiro de 2015
O presidente do Movimento Democrático para a Mudança de Moçambique (MDM) acusa o Conselho Constitucional de ter criado a crise política actual ao importar o candidato de um partido contra o voto popular, Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO).
Em entrevista à VOA, Daviz Simango critica a partidarização do Estado, defende a actuação do seu partido dentro do marco constitucional e aponta o dedo ao enriquecimento de alguns que se beneficiam dos recursos do país.
Daviz Simango não tem dúvidas de que a crise política actual foi provocada pelo Conselho Constitucional que escolheu o candidato de um partido em quem a maioria do povo moçambicano não votou.
Frente ao impasse actual e em referência às propostas de criação de regiões autónomas no país feitas pelo líder da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), Afonso Dhlakama, o presidente do MDM recomenda primeiro a revisão da Constituição “porque é na lei mãe que nos baseamos”.
Na entrevista à VOA, Daviz Simango justifica a posição do seu partido em assumir os seus lugares na Assembleia da República, ao contrário da RENAMO, e diz que o MDM não vai deixar que o partido no poder imponha a sua vontade.
“Apesar de continuarmos a criticar o Conselho Constitucional e todo o processo, temos de aceitar o resto que temos e assumir as nossas posições na Assembleia da República, para não ficar fora do sistema”, afirma Simango.
Há espaço para todos em Moçambique e o desafio actual é encontrar os caminhos para a resolução dos conflitos e melhor distribuição da riqueza que vai sendo criada, segundo Simango.
O presidente do segundo partido da oposição com assento na Assembleia da República afirma não aceitar que alguns se enriqueçam em detrimento de todos os moçambicanos.
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Fonte
- Alvaro Ludgero Andrade. Simango defende combate político dentro do marco da Constituição Voz da América, 29 de janeiro de 2015, 18:32.
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