15 de março de 2022

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O veredicto de culpada emitido pela justiça nicaraguense contra Cristiana Chamorro Barrios, filha da ex-presidente Violeta Barrios de Chamorro, pôs fim aos julgamentos iniciados contra os sete opositores que Daniel Ortega mandou prender antes das eleições de novembro.

Esse fato praticamente não levou a nenhum rival nas urnas.

Sem grandes surpresas, todos foram declarados “culpados” em julgamentos “espúrios”, segundo advogados nicaraguenses e boa parte da comunidade internacional, incluindo Estados Unidos e Costa Rica, cujos governos indicaram que "uma terrível injustiça" foi cometida.

“Cristiana e Pedro Chamorro e seus colegas foram condenados por acusações infundadas, sofreram uma terrível injustiça nas mãos de Ortega-Murillo”, disse o subsecretário de Estado para Assuntos do Hemisfério Ocidental dos EUA, Brian Nichols, em sua conta no Twitter.

Por outro lado, o chanceler da Costa Rica, Rodolfo Solano Quirós, reiterou “sua profunda preocupação” com a condenação de Cristiana Chamorro e ex-funcionários da Fundação Violeta Barrios de Chamorro (FVBCh) acusados ​​de lavagem de dinheiro, bens e bens.

Ele também indicou que isso “constitui um golpe adicional para as instituições da Nicarágua. Em um estado de direito, a independência judicial deve ser garantida, que nunca pode ser comprometida”, disse Solano.

O advogado Maynor Curtis, responsável pela defesa do ex-deputado Pedro Joaquín, disse ao veículo Confidencial que o juiz Luden Martín Quiroz ignorou a maioria das provas apresentadas e, no caso de Cristiana Chamorro, o Ministério Público não pôde verificar as acusações de alegada lavagem de dinheiro imputada a ele.

Fontes