11 de maio de 2021

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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, informou durante a sessão desta terça-feira (11) que buscará informações sobre a denúncia de um suposto orçamento secreto do governo federal. Ele disse que vai procurar conhecer melhor a situação para um pronunciamento que seja "seguro, tecnicamente adequado e que evite qualquer pré-julgamento".

— O que coube ao Congresso Nacional foi a instalação da Comissão Mista de Orçamento e a aprovação da peça orçamentária — declarou Pacheco.

De acordo com Pacheco, porém, quando se ventila algo diferente da rotina normal dos trâmites orçamentários, é preciso investigar. Ele disse que tomará o cuidado de ter as informações necessárias e prometeu dar uma resposta que faça a defesa do Congresso Nacional.

— Tomarei o zelo e o cuidado de responder no momento oportuno — prometeu.

A fala de Pacheco veio em resposta a um questionamento do senador Lasier Martins (Podemos-RS) sobre o suposto orçamento secreto. Lasier observou que o tema já domina a cobertura de boa parte da imprensa, segundo a qual R$ 3 bilhões foram destinados “para uma distribuição discriminatória” entre parlamentares que apoiam o governo Bolsonaro.

Lasier disse que Pacheco teria o dever de ajudar a esclarecer a situação, já que é o presidente do Congresso. Ele acrescentou que o Senado precisa conquistar o respeito e isso só virá com um posicionamento contra situações que indicam irregularidades.

— O que aconteceu? Por que esta verba foi para alguns parlamentares? Que história é essa de compra de tratores com preço três vezes acima do valor de venda? Se ainda não há um juízo completo, que mande investigar — questionou Lasier Martins.

O senador Jorge Kajuru (Podemos-GO) também falou sobre a denúncia. Ele ressaltou que Pacheco “não tem nada a ver com o assunto”, mas apontou que todos os senadores deveriam se pronunciar a respeito da denúncia, publicada inicialmente pelo jornal O Estado de S. Paulo, com o que classificou como “provas cabais, com planilhas". Ele definiu a denúncia como “um dos maiores escândalos da história do Senado”. 

— Calar-se diante de uma matéria dessas é lembrar de vovó: quem cala consente — disse Kajuru.

Fontes