26 de julho de 2021

Jogos Olímpicos de Verão de 2020
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Rayssa após receber sua medalha.

Quando toda a arquibancada ficou em silêncio no Complexo Ariake, Rayssa Leal dançou. Junto com Margielyn Didal, uma amiga das Filipinas, ela não parecia se importar com o que está acontecendo ao seu redor, mesmo antes deste exercício determinar o seu futuro. Lá, a pista de Tóquio não diferia muito da pista de Imperatriz, no Maranhão, e a menina de 13 anos fez história apesar de qualquer pressão: ganhou a medalha de prata nas Olimpíadas de Tóquio e ganhou a sua segunda medalha de patinação de rua (skate street), repetindo os resultados de Kelvin Hoefler no domingo.

Rayssa é a atleta do pódio olímpico mais jovem da história do Brasil. Aos 13 e 203 dias, bateu o recorde de Rosângela Santos, que levou a medalha de bronze aos 17 anos na prova de atletismo 4x100m de Pequim em 2008. Fadinha também é a mais jovem brasileira a participar das Olimpíadas. O resultado anterior era de Talita Rodrigues, finalista do 4x100m livre nas Olimpíadas de Londres de 1948. Naquela época, ela tinha 13 anos e 347 dias.

Eu estou muito feliz, porque pude representar todas as meninas, a Pamela e a Leticia, que não se classificaram, todas as meninas do skate e do Brasil. Poder realizar meu sonho de estar aqui e ganhar uma medalha é muito gratificante. Meu sonho e sonho dos meus pais

disse Rayssa Leal.

Rayssa começou a final com uma bela primeira volta: ela estava torta, Smith nas costas, escorregadia nas costas, fraca na frente e só falhou na última jogada, que foi a mais difícil da sua série. Ela recebeu 2,94, a terceira maior pontuação inicial, totalizando 14,64 e perdendo apenas para a japonesa Momiji Nishiya, que ficou com o ouro, com nota 15,26. Outra japonesa, Funa Nakayama, completou o pódio, com nota 14,49.

Outro jovem que levou ouro é o japonês Westinghouse Momiji, que tem 13 anos e cinco meses a mais que Rayssa. A pontuação total do patinador na final foi de 15,26, à frente dos 14,64 do brasileiro Kelvin.

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