Agência VOA

13 de fevereiro de 2019

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As rádios comunitárias de Cabo Verde navegam numa crise de sustentabilidade, e receia-se que possam servir para a manipulação.

Há indicações de que a maioria das rádios passa por dificuldades financeiras. Nalguns casos, a situação força a interrupção das emissões.

Neste Dia Mundial da Rádio, 13 de Fevereiro, a questão da sustentabilidade foi debatida, na capital, Praia, numa iniciativa da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura com a Direcção Geral da Comunicação.

José Candeias, responsável da Rádio Voz do Paul, na ilha de Santo Antão, diz que as dificuldades financeiras condicionam as rádios comunitárias de cumprir o principal papel (formar e informar) e muitas optam por animação musical.

Liberdade em risco

O coordenador da Rádio Comunitária da Ribeira Brava, na ilha de São Nicolau, Ary Tolentino, afirma que a estação tenta cumprir a missão, mas não havendo dinheiro não é tarefa fácil.

Por ser turno, o presidente da Associação dos Jornalistas não vê com bons olhos os apoios concedidos pelas câmaras municipais, já que isso pode condicionar a liberdade e espaço de acção dessas estruturas radiofónicas.

Carlos Santos diz que cabe ao governo criar mecanismos claros de incentivos e apoios, nomeadamente a abertura de um fundo, permitindo as rádios comunitárias a apresentarem projectos de financiamento.

Fontes