12 de setembro de 2024

Visita de Alberto Fujimori em 1991, Presidente do Peru, à CEC
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O governo peruano declarou na quinta-feira três dias de luto nacional pela morte do ex-presidente Alberto Fujimori, que faleceu na quarta-feira de câncer, enquanto é velado no Ministério da Cultura até onde chegaram autoridades e simpatizantes.

"O Poder Executivo declarou luto Nacional nos dias 12, 13 e 14 de setembro de 2024... Além disso, foi disposto que os funerais do ex-presidente recebam as honras fúnebres correspondentes a um presidente em exercício", diz um artigo da Gazeta oficial "El Peruano".

O ex-presidente, que governou o Peru entre os anos 1990 e 2000, há vários anos sofria de um câncer na língua e recentemente havia sido operado por uma fissura no quadril após uma queda. Morreu na casa de sua filha, Keiko Fujimori, aos 86 anos de idade.

Seus familiares dispuseram que seu velório seja aberto ao público até sábado, quando será enterrado em um cemitério nos arredores de Lima.

Por volta do Meio-dia de quinta-feira, a presidente Dina Boluarte foi dar suas condolências, junto com outros membros de seu gabinete, aproximou-se do caixão do ex-presidente e dialogou com sua filha.

Horas antes, vários simpatizantes chegaram à casa de Keiko Fujimori elogiando o governo de seu pai, uma figura política polémica e que gera reações de amor e ódio entre os peruanos. Ele foi condenado a 25 anos por dois assassinatos durante seu governo, que foi interrompido após receber um indulto humanitário.

César Aquije, de 55 anos, tinha um letreiro que ele mesmo confeccionou que tinha escrito "gratidão, engenheiro Alberto Fujimori" junto a um desenho de um coração branco-vermelho, informou a AP. O comerciante disse que estava no cabeleireiro quando ouviu a notícia e não hesitou em dizer à esposa que, apesar de já ser noite, era necessário ir à casa do ex-presidente.

"Lembro-me das escolas que fez e das estradas", disse Aquije, nascido na região de Ica, ao sul de Lima.

Mas outros criticaram o governo Boluarte e o legado de Fujimori. "Morre Fujimori, condenado por violações a direitos humanos e corrupção e um governo assassino como o dos anos 90 lhe presta homenagem", disse em X, antes Twitter, Gisela Ortiz, irmã de um dos 25 peruanos assassinados por um grupo de militares durante o governo de Fujimori.

"Mensagens oficiais de pesar quando para seus crimes há impunidade. Resta sua memória, meu irmão e todo o amor pelo qual continuamos lutando", disse Ortiz.

Segundo José Gutiérrez, oncologista de Fujimori, aproximadamente às 18:00 horas da quarta-feira foi declarado morto. O câncer já havia afetado seus pulmões.

Fontes

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