Espanha • 8 de outubro de 2014

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O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, em reunião no Congresso hoje (8) em Madri, capital espanhola, falou pela primeira vez sobre a crise do ebola na Espanha. Ele pediu tranquilidade à população. “Vamos deixar os profissionais de saúde trabalharem. Vamos acreditar neles. Eles têm um prestígio comprovado. O sistema de saúde da Espanha é um dos melhores do mundo.”

Rajoy disse que a prioridade do governo espanhol é dar assistência à auxiliar de enfermagem infectada e, depois, monitorar todas as pessoas com as quais ela teve contato. “O que eu tenho a dizer ao público [neste momento], é que essa [doença] não é de fácil contágio. Só é transmitida pelo contato direto com um paciente em estágio avançado. O que temos que fazer no momento é ficar atentos, mas manter a calma.”

O primeiro caso de contágio de paciente pelo vírus ebola fora da África foi confirmado em Madri, na Espanha, na segunda-feira (6). A auxiliar de enfermagem Teresa Romero, que fez parte da equipe que cuidou dos missionários espanhóis Miguel Pajares e Manuel Garcia Viejo, foi contaminada com o vírus. Os missionários morreram no Hospital Carlos III, em Madri, depois de contraírem o ebola em Serra Leoa, na África.

Teresa Romero foi isolada e está sendo tratada. Cerca de 30 pessoas que tiveram contato com a enfermeira estão sendo monitoradas. Seis delas já foram submetidas a isolamento preventivo, entre elas, o marido da enfermeira, Javier Limón. Uma grande mobilização se formou nas redes sociais em defesa do cachorro do casal, Excalibur, cujo sacrifício já foi autorizado pela Justiça. Milhares de pessoas aderiram à campanha e a hashtag #SalvemosaExcalibur aparece hoje (7) em primeiro lugar nos Top Trends do Twitter. A reivindicação é que o animal seja colocado em isolamento, em vez de ser imediatamente sacrificado. Um grupo de cerca de 50 pessoas protestou nesta manhã contra o sacrifício em frente à casa da enfermeira, na cidade de Alcorcón.

Trabalhadores e usuários do sistema de saúde espanhol estão convocando, para o fim da tarde de hoje, uma manifestação em frente ao Hospital Carlos III, em protesto contra a gestão da crise do ebola no país.

Fontes