20 de dezembro de 2024

Email Facebook Twitter WhatsApp Telegram

 

A Espanha concedeu formalmente o status de asilo a Edmundo González Urrutia, que denunciou em setembro que sua saída da Venezuela foi cercada por "episódios de pressão, coerção e ameaças".

A Espanha concedeu formalmente asilo político ao ex-candidato presidencial da oposição venezuelana Edmundo González Urrutia, anunciou o ministro das Relações Exteriores do país, José Manuel Albares, na sexta-feira.

"Defendemos a democracia e os direitos humanos na Venezuela, a Espanha liderou essa defesa trabalhando com nossos parceiros e aliados no mundo para que a vontade democrática dos venezuelanos expressa em 28 de julho triunfe", disse ele perante a Comissão de Assuntos Ibero-Americanos do Senado.

González Urrutia, que disse que seu objetivo é retornar à Venezuela para tomar posse como presidente da República em 10 de janeiro, disse que Albares ratificou nesta sexta-feira a posição do Estado espanhol de solicitar a libertação de todos os presos políticos na Venezuela.

Embora não tenha divulgado resultados desagregados, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamou Nicolás Maduro o vencedor das eleições presidenciais de 28 de julho para um terceiro mandato, mas a oposição, que publicou cópias das atas mantidas por testemunhas de sua seção eleitoral, denuncia fraudes e atribui a vitória a González Urrutia, exilado na Espanha desde setembro.

González Urrutia, que segundo cópias dos atos venceu com mais de 70% dos votos, reiterou que seu objetivo é retornar à Venezuela para ser empossado como presidente da República.

Não está claro como o embaixador aposentado de 75 anos espera retornar à Venezuela, mas ele disse que há várias maneiras de fazê-lo. Funcionários do governo alertaram que ele será preso nesse caso, depois que o Ministério Público emitiu um mandado de prisão contra ele para a investigação sobre a publicação dos registros eleitorais.

Parte da comunidade internacional, incluindo líderes considerados aliados históricos do chavismo, como Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, e Gustavo Petro, da Colômbia, não reconheceu Maduro como vencedor e pediu uma verificação independente dos resultados que causaram protestos que deixaram 28 mortos e mais de 2400 presos.

Fontes

editar