Peru • 23 de dezembro de 2014

Email Facebook Twitter WhatsApp Telegram

 

A Polícia Internacional do Peru passou a integrar a equipe de investigação do caso do estudante universitário brasileiro Artur Paschoali. Ele foi visto pela última vez em Machu Picchu e está desaparecido desde o dia 21 de dezembro de 2012. Na sexta-feira (19), em entrevista ao Radiojornalismo da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Wanderlan Vieira, pai de Artur, contou que as investigações continuam. A família acredita que o estudante tenha sido sequestrado. “Ao que tudo indica, para exploração como escravo, cumprindo função de tradutor no Norte do Peru. Isso é o que percebemos ao estudar o contexto do ocorrido com nosso filho", salientou.

No início das buscas, a família fez um trabalho de investigação particular, paralelo aos trabalhos da polícia local, e pediu ajuda ao governo brasileiro. “O governo, percebendo a gravidade do assunto e a possibilidade de solução, iniciou, por meio do Itamaraty, uma série de intervenções. Logramos êxito de dar continuidade às investigações.”

Segundo Vieira, a equipe da polícia peruana está analisando o material já existente no processo. O pai de Artur entende que algumas medidas ainda precisam ser tomadas pelas autoridades do Peru, como o depoimento de alguns suspeitos. Hoje, a família mantém dois advogados trabalhando no caso. De acordo com Wanderlan Vieira, os gastos da família na tentativa de localizar o paradeiro do estudante já ultrapassam R$ 100 mil.

O universitário desapareceu depois de avisar a amigos que caminharia pela região para fazer fotografias. Paschoali estava em Machu Picchu trabalhando em um restaurante e pretendia seguir viagem até a Guatemala. Em nota enviada à Agência Brasil, o Ministério das Relações Exteriores informou que a notificação do desaparecimento foi feita pela família no dia 2 de janeiro de 2013. O Itamaraty destacou que a Embaixada do Brasil em Lima foi informada e, além de acompanhar o caso, iniciou contatos com as autoridades peruanas.

Segundo o texto, o embaixador brasileiro no Peru “continua a manter contatos de alto nível sobre o caso na Chancelaria peruana e no Ministério do Interior, inclusive com o ministro, sempre que necessário”. Ainda de acordo com a nota, representantes do Itamaraty mantêm a família informada. No dia 11 deste mês, houve uma reunião entre representantes da Embaixada do Brasil, o adido da Polícia Federal e advogados da família de Artur. A nota do Itamaraty diz, porém, que “não há elementos novos sobre paradeiro do nacional brasileiro”.

Fontes