20 de julho de 2023

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A capital do Peru, Lima, acordou na quarta-feira cercada por cercas de segurança em pontos estratégicos da cidade onde foi convocado um novo protesto contra o governo de Dina Boluarte, que seus organizadores chamaram de "tomada de Lima".

Funcionários do governo Boluarte já haviam alertado nos dias anteriores sobre o uso da força que a polícia fará se necessário e da possível responsabilidade que atribuirão aos organizadores do protesto.

A mídia local cobriu áreas de Lima e outras regiões do país onde os manifestantes deveriam tomar as ruas na manhã desta quarta-feira. De acordo com os primeiros relatos, não houve grandes distúrbios. O transporte público, no período da manhã, não havia sido interrompido e as pessoas seguiram normalmente para seus locais de trabalho.

No Aeroporto Internacional Jorge Chávez, o acesso era restrito, hoje disponível apenas para passageiros com passagens em mãos. O mesmo acontece nos aeroportos de Cusco e Juliaca, no sudeste do país.

Com o passar das horas, os manifestantes começaram a se reunir em diferentes regiões do país. Em Lima, no final da tarde, a manifestação parecia terminar pacificamente na Plaza San Martín, como costuma acontecer quando há protestos contra o governo.

A presidente Boluarte enviou uma mensagem anteriormente na qual classificou os protestos como uma "ameaça à democracia" e deu a entender que não está disposta a deixar o cargo.

"Não entendemos por que eles estão mais uma vez agitando suas bandeiras de guerra e anunciando que vão para Lima... querendo tomar o país inteiro desde o centro", disse Boluarte em entrevista coletiva cercado por seus ministros. "Esta é uma ameaça à democracia, ao estado de direito, à institucionalidade e nós, como governo democrático, não vamos permitir ou aceitar isso", alertou Boluarte.

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