11 de março de 2021
Pelo menos 55 pessoas “terão morrido” nos confrontos no Cafunfo no passado dia 30 de Janeiro, disse o padre Celestino Epalanga, coordenador da Comissão de Justiça Paz e Migrações da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST).
Epalanga representou a Igreja Católica no debate de dois dias no Cafunfo sobre Cidadania e Segurança Pública, organizado pela Ufolo – Centro de Estudos para a Boa Governação, em parceria com o Comando Geral da Província Nacional, e acrescentou que há ainda “alguns desaparecidos e outros ainda estão nas matas”.
Esta é a primeira avaliação independente dos número de mortos que ocorreram nos confrontos no dia em que estava prevista uma manifestação organizada pelo Movimento do Protectorado da Lunda Tchokwe que luta pela autonomia da região
O Governo tinha anteriormente adiantado seis mortos durante o que disse ser uma tentativa de ataque a uma esquadra policial enquanto outras fontes argumentavam terem-se registado mais de 20 mortos.
O coordenador da Comissão de Justiça Paz e Migrações da CEAST afirmou que as manifestações da população da zona de Cafunfo não são movidos por sentimentos separatistas mas o resultado da pobreza real que "campeia na região", rica em diamantes.
“As pessoas vivem numa miséria indescritível”, disse o padre que, contudo, firsou que “encontramos uma comunidade dividida”
“Alguns apoiam e justificam este acontecimento e outros condenam”, afirmou, acrescentando que uma das conclusões do encontro em que muitos foram ouvidos “em forum privado” é que a região “tem um historial de violência motivada pela falta de condições económicas e sociais das comunidades locais".
Fontes
- Pelo menos 55 mortos no Cafunfo, diz padre Celestino Epalanga — Voz da América, 11 de março de 2021
Conforme os termos de uso "todo o material de texto, áudio e vídeo produzido exclusivamente pela Voz da América é de domínio público". A licença não se aplica a materiais de terceiros divulgados pela VOA. |
Esta página está arquivada e não é mais editável. |