10 de julho de 2023

Email Facebook Twitter WhatsApp Telegram

 

A luta para oficializar os resultados do primeiro turno das eleições presidenciais na Guatemala continuou acirrada nesta segunda-feira, depois que a presidente da Corte Suprema de Justiça (CSJ) emitiu uma ordem bloqueando a certificação.

A presidente Silvia Patricia Valdés Quezada emitiu três decisões assinadas apenas por ela e vazou para a imprensa local para não oficializar os resultados das eleições gerais de 25 de junho.

Valdés Quezada solicitou um relatório que explicasse como foram realizadas as revisões das atas que coletaram os votos, como as atas foram comparadas com o sistema informatizado usado para dar os resultados anteriores e se as modificações pertinentes eram necessárias.

Pablo Hurtado, secretário da Associação de Pesquisa e Estudos Sociais, ASIES, expressou que a falta de certeza afeta negativamente o processo eleitoral.

“Houve um processo de perda de confiança e credibilidade nas instituições públicas. Tudo isso fez com que cada vez mais mecanismos fossem encontrados nos processos judiciais para resolver controvérsias de natureza política, que respondem mais a interesses particulares do que à proteção do próprio sistema democrático”, afirmou.

No sábado, centenas de pessoas protestaram em frente à sede do órgão pedindo a oficialização do resultado das eleições. David de León, porta-voz dessa entidade, confirmou à AP no sábado que o tribunal solicitou relatórios às Juntas Eleitorais que revisassem as contestações e que deveriam ser enviados em resposta ao CSJ.

Enquanto isso, os especialistas não descartam que os novos recursos jurídicos que são apresentados na Justiça continuem atrapalhando o andamento do segundo turno.

“Nos preocupa um pouco que isso esteja acontecendo, que mais recursos cheguem aos tribunais e a forma como esses tribunais decidirão responder aos recursos legais”, disse Mónica Marroquín, vice-diretora da organização Guatemala Visible, que faz parte dos observadores eleitorais.

Notícias relacionadas

Fontes