Agência VOA

A notícia sobre o actual ministro das Relações Exteriores e antigo candidato presidencial caiu como uma bomba no Governo brasileiro.

29 de outubro de 2016

link=mailto:?subject=Odebrecht%20diz%20ter%20entregue%208%20milhões%20de%20dólares%20como%20"caixa%20dois"%20a%20José%20Serra%20–%20Wikinotícias&body=Odebrecht%20diz%20ter%20entregue%208%20milhões%20de%20dólares%20como%20"caixa%20dois"%20a%20José%20Serra:%0Ahttps://pt.wikinews.org/wiki/Odebrecht_diz_ter_entregue_8_milh%C3%B5es_de_d%C3%B3lares_como_%22caixa_dois%22_a_Jos%C3%A9_Serra%0A%0ADe%20Wikinotícias Facebook Twitter WhatsApp Telegram

 

Os executivos da construtora brasileira Odebrecht aceitaram fazer um acordo com os investigadores da Operação Lava Jato e depois de revelarem que o antigo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu luvas (subornos) em troca de favores para a empresa em negócios em vários países, inclusive em Angola, agora é a vez de a construtora acusar o actual ministro das Relações Exteriores e antigo candidato presidencial José Serra.

A delação da Odebrecht caiu como uma bomba no Governo de Michel Temer depois de dois executivos terem confessado a entrega de 23 milhões de reais (cerca de 8 milhões de dólares) à campanha presidencial de José Serra, pelo PSDB em 2010, através do chamado “caixa dois”, ou seja, sem declarar.

De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, a empresa afirmou ainda que parte do dinheiro foi transferida para uma conta na Suíça.

O acerto foi feito com o ex-deputado federal Ronaldo Cezar Coelho (ex-PSDB e hoje no PSD), que fazia parte da coordenação da campanha do candidato do PSDB.

A denúncia foi feita por Pedro Novis, presidente do grupo entre 2002 e 2009 e actual membro do conselho administrativo da holding Odebrecht S.A, e pelo diretor Carlos Armando Paschoal, conhecido como CAP, que actuava no relacionamento com políticos de São Paulo e na negociação de doações para campanhas.

Novis e Paschoal fazem parte do grupo de 80 funcionários que negociam o acordo com a justiça, cujos termos estão definidos, como penas e multas a pagar.

A assinatura dos acordos deve ocorrer em meados de Novembro.

A Odebrecht promete entregar à Lava Jato comprovantes de depósitos feitos na conta no exterior e no Brasil.

A assessoria do actual ministro das Relações Exteriores disse ao jornal que não iria se pronunciar sobre “supostas acusações, de supostas delações relativas a doações feitas à sua campanha”.

Fonte