3 de março de 2021

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou El Salvador livre da malária. A certificação, a primeira de um país da América Central, se dá mais de 50 anos depois do governo e de organizações nacionais e internacionais assumirem o compromisso de erradicarem a doença no país, que, por sua densidade populacional e geografia, é um território favorável ao desenvolvimento do mosquito causador da doença.

Carissa F. Etienne, diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), escritório regional da OMS para as Américas, disse que "El Salvador tem trabalhado muito para erradicar a malária e o sofrimento humano que ela gera. Ao longo dos anos, El Salvador dedicou os recursos humanos e financeiros necessários para ter sucesso. Esta certificação é uma conquista que salva vidas nas Américas".

Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, também elogiou o país, dizendo que "a malária aflige a humanidade há milênios, mas países como El Salvador são uma prova viva e inspiração para todos os países de que podemos ousar sonhar com um futuro sem malária".

El Salvador, que desenvolveu uma série de ações antimaláricas, como a pulverização com inseticidas, drenagem de áreas alagadas e a criação de uma rede de agentes comunitários de saúde ainda nos anos 1940 e 1950, é o terceiro país a ter alcançado o status de livre da malária nos últimos anos na Região das Américas, depois da Argentina, em 2019, e do Paraguai, em 2018. Sete países da região foram certificados entre 1962 e 1973. Globalmente, um total de 38 países e territórios alcançaram este marco.

A certificação de eliminação da malária é concedida pela OMS quando um país prova que a cadeia de transmissão autóctone foi interrompida em todo o país por pelo menos os últimos três anos.

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