7 de fevereiro de 2021

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A OMS reportou hoje que o Ministério da Saúde da República Democrática do Congo (RDC) anunciou, também hoje, que um novo caso de ebola foi detectado em Butembo, cidade da província de Kivu do Norte que foi um dos epicentros de um surto declarado encerrado em junho de 2020. Segundo a Organização, não é incomum que casos esporádicos ocorram após um grande surto.

O vírus foi encontrado em amostras colhidas de uma paciente que apresentou sintomas da doença e que morreu posteriormente. As amostras agora estão sendo analisadas pelo laboratório principal do Instituto Nacional de Pesquisa Biomédica em Kinshasa para sequenciamento do genoma, a fim de identificar a cepa do ebola e determinar sua ligação com o surto anterior.

Mais de 70 pessoas que tiveram contato com a paciente já foram identificadas e estão sendo acompanhadas, enquanto os locais visitados pela mulher estão sendo desinfetados. As medidas fazem parte da estratégia adotada por autoridades de saúde locais, com apoio do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS), para evitar a propagação do vírus.

“A experiência e a capacidade das equipes de saúde locais foram fundamentais para detectar este novo caso de ebola e abrir caminho para uma resposta oportuna”, disse o Dr. Matshidiso Moeti, Diretor Regional da OMS para a África.

O décimo surto de ebola na RDC, que durou quase dois anos, foi o segundo maior do mundo e terminou com 3.481 pessoas infectadas, das quais 2.299 morreram.

De modo geral, 2/3 das pessoas infectadas pelo ebola costumam morrer (veja os dados mais recentes da OMS aqui).

A doença do ebola

É uma doença infeciosa cujos sintomas têm início cerca de duas a três semanas após a contaminação pelo vírus. Inicialmente, os doentes têm sintomas como febre, garganta inflamada, dores musculares e dores de cabeça. Os sintomas evoluem para vómitos, diarreia e exantema.

Na fase mais avançada, ocorre insuficiência hepática e renal, sendo que nesta etapa o paciente costuma ter hemorragias, tanto internas como externas. Em caso de morte, esta geralmente ocorre entre 6 a 16 dias após o início dos sintomas e na maior parte dos casos deve-se à diminuição da pressão arterial resultante da perda de sangue.

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