Agência Brasil

Marcelo Rebelo de Sousa

25 de janeiro de 2016

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Após as urnas fecharem às 19 horas nas ilhas Açores e Madeira, uma hora a menos de Lisboa e de Portugal (às 20 horas), houve início de contagem dos votos para eleger o presidente que irá substituir Cavaco Silva e o eleito foi o candidato independente Marcelo Rebelo de Sousa.

Rebelo de Sousa foi eleito ontem domingo (24), em primeiro turno, o presidente de Portugal, que apesar ser filiado ao Partido Social Democrata (PSD), candidatou-se como candidato independente. Rebelo de Sousa é conservador, já foi comentarista política, comunicador e professor de direito da Universidade de Lisboa, tendo 67 anos de idade.

Dez candidatos concorreram ao cargo, um recorde na história das eleições do país, aparecem na cédula de votação na seguinte ordem: Henrique Neto, António Sampaio da Nóvoa, Cândido Ferreira, Edgar Silva, Jorge Sequeira, Vitorino Silva (Tino de Rans), Marisa Matias, Maria de Belém, Marcelo Rebelo de Sousa e Paulo Morais.

Conforme dados da Secretaria-Geral do Ministério de Administração Interna-Administração Eleitoral, divulgados na noite de ontem (domingo), o candidato Rebelo foi o mais votado, com 52% dos votos, e vai suceder Silva (que o apoiou) e em segundo lugar, ficou Sampaio da Nóvoa, com apenas 22,89%.

A previsão era que cerca de 9,7 milhões de eleitores comparecessem às urnas (85,3 mil a mais do que em 2011), quando Silva foi reconduzido ao cargo de chefe de Estado, que também venceu no primeiro turno, com 53,14% dos votos.

Se Rebelo não tivesse obtido mais de 50% dos votos, os eleitores portugueses iriam voltar às urnas para o segundo turno entre os dois candidatos mais votados, na qual Rebelo iria enfrentar Nóvoa, já no dia 14 de fevereiro.

Instabilidade

O que previam as pesquisas se confirmou nas urnas, Marcelo Rebelo de Sousa foi eleito e no discurso da vitória, falou em alinhar justiça social e crescimento econômico, e na necessidade de “união”.

Rebelo de Sousa entra no jogo político português depois de um momento de instabilidade no ano passado. O então recém-eleito primeiro-ministro, o conservador Pedro Passos Coelho, foi derrubado pela aliança de esquerda em novembro. Apesar de ter vencido as eleições legislativas, o partido de Coelho não conseguiu maioria no parlamento.

O socialista António Costa assumiu, então, o cargo de primeiro-ministro, que é quem, de fato, lidera o país, apesar do contragosto de Cavaco Silva. Mas quem chega à presidência tem poderes importantes, como o de vetar decisões e até de dissolver o parlamento. Apesar disso, o novo presidente não deve colocar em risco o governo de centro-esquerda. Ao contrário, a expectativa é de que, com esse resultado, as forças políticas em Portugal se equilibrem pelos próximos quatro anos.

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