21 de julho de 2020

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Ministro da Cidadania Onyx Lorenzoni

Mais dois ministros do governo brasileiro disseram na segunda-feira que testaram positivo para o novo coronavírus, ressaltando uma luta para limitar o segundo pior surto do mundo, mesmo entre a elite política.

O ministro da Cidadania Onyx Lorenzoni e o recém-nomeado ministro da Educação Milton Ribeiro anunciaram seus diagnósticos e novas medidas de quarentena nas mídias sociais.

Lorenzoni, um aliado próximo do presidente Jair Bolsonaro, creditou sintomas relativamente leves a uma droga antimalárica divulgada pelo presidente nas mídias sociais e em comícios públicos.

"Eu já sinto os efeitos positivos", escreveu o ministro no Twitter sobre seu regime de cloroquina, juntamente com azitromicina e ivermectina, como tratamento contra o vírus.

Augusto Heleno, assessor de segurança nacional de Bolsonaro, e ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, também testaram positivo para o vírus.

Bolsonaro, que está em quarentena depois de também ter testado positivo para o vírus, está tomando hidroxicloroquina, um medicamento relacionado. Ambos são usados para tratar a malária, e Bolsonaro tornou-se um defensor total de usá-los para tratar o COVID-19, apesar da falta de provas sólidas de que trabalham contra a doença.

"É importante lembrar que o uso de medicamentos 'off label' está bem estabelecido na medicina, desde que o paciente concorde claramente", twittou Bolsonaro na manhã de segunda-feira, defendendo o uso de hidroxicloroquina para tratamentos não comprovados.

Mais de 80.000 pessoas morreram do COVID-19 no Brasil, em mais de 2,1 milhões de casos, segundo dados do Ministério da Saúde na segunda-feira. Apenas os Estados Unidos se saíram pior. Especialistas dizem que os números verdadeiros no Brasil provavelmente são muito maiores devido à falta de testes generalizados.

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