30 de novembro de 2020

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As lutas internas no Partido Liberal Constitucionalista (PLC) da Nicarágua, que constitui a bancada da oposição no Parlamento, podem levá-los ao encerramento da força política.

O analista político Bosco Matamoros explica que embora em teoria o PCL constitua uma força de oposição ao sandinismo, na realidade sua posição não é transcendente dentro da Assembleia e sua ação tem sido complementar às necessidades da Frente Sandinista.

“Daí vem um processo de desintegração que vai ser reconstruído talvez com outro setor do liberalismo, mas neste momento está a caminho do túmulo”, afirma.

Por sua vez, Oscar René Vargas, cofundador da Frente Sandinista e também analista político, acredita que a única mudança real que se pode esperar desse movimento surpreendente de liderança é entre aqueles que conduzem as negociações com o partido no poder.

“Isso mostra que só muda a liderança que faz o acordo com o governo, mas continua subordinada ao governo e aí a característica é que o que esses políticos fazem é [que] se tornem defensores dos interesses do governo, transformando-se em escravos de seus interesses passam a ser a moeda de troca da ditadura”, diz Vargas.

Na semana passada, a presidente do partido, María Haydée Ozuna, contrariou a deputada e esposa do ex-presidente Arnoldo Alemán, María Fernanda Flores. Ambas fazem parte da lista de sancionados pelo Departamento de Estado sobre as quais pesa a proibição de entrada nos Estados Unidos após denúncias de suposta corrupção.

Especialistas afirmam que os conflitos internos do PLC datam do início deste ano e incluem denúncias de espionagem telefônica.

Fontes