11 de agosto de 2020

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O relatório sobre explosão no porto de Beirute, ocorrida na semana passada, entregue ontem pelo Comitê de Investigação da Direção Geral de Segurança do Estado, apontou que o presidente do país Michel Aoun e o primeiro-ministro Hassan Diab sabiam desde meados de julho passado sobre a possibilidade de que pudesse acontecer um incidente com as cerca de 2.700 toneladas de nitrato de amônio estocada num dos armazéns.

Na semana passada, o presidente chegou a falar em "ataque externo", dizendo que havia a possibilidade de uma bomba ter sido lançada no local.

Ministros se demitem

O primeiro ministro Hassan Diab e todo seu gabinete se demitiram ontem, horas após o relatório se tornar público. Antes, outros três ministros - da Justiça, da Informação e do Meio Ambiente - já haviam pedido demissão.

Diab alegou que a culpa da explosão era a corrupção que assolava o país.

Protestos pedem saída do presidente

Desde o dia do incidentes e principalmente após uma visita do presidente francês Emmanuel Macron à Beirute na quinta-feira passada, milhares de pessoas saíram as ruas em todo o país. Elas gritam palavras de ordem como "revolução" e acusam as autoridades de corrupção, pedindo a sua saída e novas eleições.

A explosão

Uma enorme explosão destruiu o porto de Beirute na semana passada, atingido centenas de prédios nas quadras ao redor, incluindo as residências de mais de 250 mil pessoas. Mais de 160 pessoas morreram e cerca de 3 mil ficaram feridas, centenas delas em estado grave.


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Fontes