19 de novembro de 2021

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O júri decidiu nesta sexta-feira (19) que o assassinato de dois jovens nos protestos anti-racismo em Kenosha, nos Estados Unidos, foi em legítima defesa e, portanto, que o atirador era inocente do assassinato.

Em agosto passado, Kyle Rittenhouse, de 18 anos, matou Joseph Rosembaum e Anthony Huber durante as manifestações antirracistas na cidade contra o assassinato de Jacob Blake, um homem negro que foi baleado e morto por um policial branco. Rittenhouse tinha então 17 anos.

Uma terceira pessoa também foi baleada pelo jovem, mas foi levada ao hospital e sobreviveu.

Kyle foi para Kenosha após saber dos protestos, aparentemente querendo apoiar a polícia da cidade — ele próprio participou do Programa de Polícia Juvenil quando era adolescente. Ele chegou a aparecer numa foto num comício do então presidente Donald Trump, que buscava a reeleição.

O agora absolvido não podia nem carregar armas na época: em Wisconsin, apenas pessoas com mais de 21 anos podem comprar e possuir armas. Além disso, um decreto municipal havia imposto um toque de recolher na cidade de Kenosha na noite do tiroteio.

A defesa do réu afirmou que ele atirou em "legítima defesa". Se o júri — que levou mais de três dias para considerar o veredicto — concluísse que ele agiu deliberadamente, ele poderia ter sido condenado à prisão perpétua.

Rittenhouse foi acusado de assassinar, colocar outras pessoas em perigo e ser um menor que possuía uma arma.

Os pais de uma das vítimas, Huber, disseram em um comunicado que estavam “com o coração partido” e a sentença “enviou uma mensagem inaceitável de que civis armados podem incitar à violência matando pessoas”.

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