23 de fevereiro de 2021
O direito de usar seu cabelo na cor natural, castanho, ao invés do tradicional preto, acabou levando o caso de uma estudante japonesa aos tribunais. Segundo o Observatório dos Direitos Humanos, que divulgou o caso acontecido na cidade de Osaka, "regras que regulam a aparência colocam muitos alunos em risco".
"Muitas escolas no Japão têm políticas rígidas em relação à cor do cabelo, roupas e outros detalhes da aparências e os alunos podem enfrentar duras consequências se as cumprirem", enfatizou o Observatório.
Segundo o texto divulgado pela organização, a menina passou a usar seu cabelo natural, mas recebeu uma advertência da escola, que a acusava de pintá-lo. Ela chegou a pintar o cabelo de preto, para se adequar à política escolar, mas depois voltou atrás e o cabelo voltou à cor natural, o que fez a escola proibi-la de assistir as aulas. O caso parou num tribunal que, na semana passada, decidiu que ela poderia usar o cabelo castanho e ainda deveria receber uma indenização da escola.
Riscos mais amplos
O Observatório alerta que "o cabelo é um marcador cultural que pode ser associado a raça, sexo e gênero" e que regras envolvendo o tipo de cabelo estão por trás de vários casos de preconceito em diferentes países do mundo.
Fonte
- Japan Hair Controversy Highlights Harmful School Policies, Observatório dos Direitos Humanos, 23 de fevereiro de 2021.
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