13 de fevereiro de 2023

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Dezenas de milhares de israelenses foram às ruas pela quinta semana consecutiva para protestar contra o plano de reforma judicial do novo governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

Embora o número oficial de manifestantes não tenha sido divulgado, a mídia israelense informou que cerca de 50.000 pessoas participaram da manifestação; o jornal Haaretz informou que havia até 75.000 pessoas.

Comícios também foram realizados em outras grandes cidades israelenses, inclusive perto da residência do primeiro-ministro em Jerusalém e na cidade portuária de Haifa, no norte.

Os manifestantes dizem que a democracia de Israel será prejudicada se o governo conseguir prosseguir com os planos.

O governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que o plano é necessário para evitar que os juízes ultrapassem seus poderes.

O plano fortaleceria o controle político sobre as nomeações judiciais e limitaria o poder da Suprema Corte de derrubar decisões do governo ou leis do Knesset.

Mas uma forte oposição, inclusive de advogados do país, e profundas preocupações entre os líderes empresariais intensificaram as tensões sócio-políticas de Israel.

O noticiário N12 de Israel divulgou uma pesquisa ontem, indicando que 62% dos israelenses querem que a reforma judicial seja arquivada ou abolida totalmente.

O atual primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, retornou ao poder após as eleições gerais em novembro de 2022, liderando um governo de coalizão que inclui partidos de extrema direita e ultraortodoxos.

A reforma judicial proposta permitiria que o Knesset, de 120 membros, anulasse qualquer decisão da Suprema Corte com uma maioria simples de 61.

Fontes