28 de julho de 2006
Na terça-feira (25) o Presidente da Venezuela Hugo Chávez chegou à Rússia para assinar contratos referentes à compra de armas.
O venezuelano faz um giro internacional por vários países europeus e asiáticos. Sua última parada foi a Bielorússia, onde teve um encontro com o Presidente Aleksandr Lukashenko.
Chávez acertou com a Rússia a compra de 24 jatos Sukhoi Su-30, 54 helicópteros de combate e 100 mil rifles AK-103. O venezuelano também acertou a construção de uma fábrica na Venezuela para a fabricação de rifles Kalashnikov. O valor do acordo é de mais de US$ 1 bilhão.
A visita de Chávez à Rússia começou em Volgrado. Nesta cidade ele visitou o monumento aos soldados tombados na Batalha de Stalingrado, onde disse: "Quanta água já passou (...) todavia se respira neste lugar sagrado o mesmo vento heróico, se sente na chama eterna, a vida do valente povo de Volgrado, da Rússia, da União Soviética. Até a vitória sempre! Pátria ou morte! Venceremos!"
Ainda em Volgrado o Presidente da Venezuela afirmou que "Países e povos como a Rússia e a Venezuela podem fazer muito para evitar no mundo novas tragédias e buscar o caminho da vida".
Em seguida Chávez foi até Izhevsk, nos Urais, onde viu a fábrica de rifles Kalashnikov.
Na quarta-feira (26) o presidente venezuelano chegou à Moscou. Na capital russa fez um comentário sobre as preocupação do governo dos EUA em relação ao facto de a Venezuela adquirir armas: "O governo dos EUA não tem moral para criticar a venda de armas da Rússia para a Venezuela, porque ele é o império mais imoral e sanguinário da história". Hugo Chávez disse que a Venezuela não tem intenções de agredir ninguém.
Após cumprir compromissos referentes ao protocolo ele deslocou-se até o Hotel Presidente.
Na quinta-feira (27) Chávez encontrou-se com o Presidente da Rússsia Vladimir Putin para assinar os acordos de compra de armas. O venezuelano agradeu ao presidente russo por ter ajudado a frustar a intenção dos EUA que não queriam que a Venezuela adquirisse mais armas.
Hugo Chávez aproveitou a oportunidade para criticar o governo dos EUA: "Eles que não praticam a democracia, acusam a Venezuela de violar a democracia (...) Eles que lançam bombas contra cidades inteiras criticam porque a Venezuela comprará armas meramente defensivas".
Hugo Chávez aproveita os lucros da venda de petróleo para modernizar as forças armadas da Venezuela.
Segundo a Associated Press, o chefe da agência de comércio de armas Sergei Chemezov disse que a Venezuela nos últimos 18 meses assinou contratos para adquir material bélico no valor de mais de 3 bilhões de dólares.
O Departamento de Estado dos Estados Unidos disse na terça (25) que a administração do Presidente George W. Bush está preocupada porque as armas compradas pela Venezuela excedem as necessidades militares desse país.
Fontes
- ((en)) Venezuela's Chavez to Sign Billion-Dollar Arms Deal With Russia Thursday [inativa] — VOA, 26 de julho de 2006. Página visitada em 29 de julho de 2006
. Arquivada em 1 de agosto de 2006 - ((es)) Rusia anunció apoyo a candidatura de Venezuela al Consejo de Seguridad — Agência Bolivariana de Notícias, 27 de julho de 2006
- ((es)) Presidente Chávez: Venezuela no tiene planes de agredir a nadie — Agência Bolivariana de Notícias, 26 de julho de 2006
- ((es)) Presidente Chávez: El mundo debe tomar los caminos de la paz — Agência Bolivariana de Notícias, 26 de julho de 2006
- ((es)) Presidente Hugo Chávez Frías llegó a Moscú — Agência Bolivariana de Notícias, 26 de julho de 2006
- ((en)) Henry Meyer (Associated Press). Venezuela's Chavez Thanks Russia for Arms — Chicago Tribune, 27 de julho de 2006
- ((en)) Venezuela buys 24 warplanes and 53 choppers from Russia — El Universal (Venezuela), 28 de julho de 2006
- ((en)) Associated Press. Venezuela's Chavez to sign Russia arms deal — CNN, 26 de julho de 2006
Esta página está arquivada e não é mais editável. |