Baidoa, Somália • 26 de fevereiro de 2009

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Horas depois que o porta-voz militar da guerrilha islâmica Al-Shabab (“A Juventude”, em árabe), que se tornou nas últimas semanas o grupo rebelde mais poderoso e violento no país, Mukhtar Robow, prometeu combater até o final contra o novo presidente, o islâmico moderado Sharif Sheik Ahmed, a guerrilha conquistou na quarta-feira a cidade de Hondur próxima da fronteira com a Etiópia e 300 km a nordeste de Mogadíscio, capital da Somália, após ter derrotado as forças governamentais presentes no local, indicaram as autoridades locais e o porta-voz do Al-Shabab.

“A cidade de Hodur está nas mãos dos Al-Shabab e há combates na cidade agora”, declarou um chefe tradicional da localidade, Adan Mohamed Yunus.

"Houve violentos combates hoje (ontem) de manhã e as forças governamentais fugiram", explicou um habitante, Mohamed Dirie.

"Os combatentes tomaram o controle de Hodur e a situação é calma", declarou por seu lado o porta-voz do Al-Shabab, sheik Mukhtar Robow.

O Al-Shabab são responsáveis pela insurreição armada na Somália e prometeram aplicar a sharia (lei islâmica) no país.

Desde a retirada no final de janeiro das tropas etíopes aliadas ao governo somaliano, a guerrilha islâmica Al-Shabab estão engajados em continuar o seu combate contra a força da paz da União africana na Somália (Amisom).

No domingo, 11 soldados burundeses da Amisom foram mortos e 15 outros feridos num atentado suicida reivindicado pela guerrilha contra o campo em Mogadíscio.

A Somália está em guerra civil desde a queda do ditador Mohamed Siad Barre em 1991 por vários grupos armados, que se dividiram em clãs armados e lutaram entre si. Mas a guerra civil, que antes era de grupos de clãs, mudou recetemente para apenas entre o governo e a guerrilha islâmica.

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